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Publicada em 20 de Março de 2025 às 11:15

Você já alcançou a sua felicidade?

Greice Carvalho, coordenadora do curso de Psicologia da Estácio Porto Alegre

Greice Carvalho, coordenadora do curso de Psicologia da Estácio Porto Alegre

Estácio Porto Alegre/Divulgação/JC
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Greice CarvalhoÁreas da filosofia, psicologia e economia estudam o conceito de felicidade. Sócrates, Platão e Aristóteles refletiram sobre o tema, cada um com sua visão de uma vida plena. Nos tempos modernos, estudiosos como Martin Seligman associaram a felicidade ao bem-estar psicológico. A importância do tema levou a ONU a instituir, em 2012, o Dia Internacional da Felicidade, 20 de março, reconhecendo-a como um direito fundamental. Mas o que é felicidade? Para alguns, um ponto de partida; para outros, um destino. Suas definições variam conforme cultura, época e vivência. Em geral, é um estado positivo de prazer e realização. Mas depende de acontecimentos externos ou de como os interpretamos? Acreditamos que ser feliz é não estar triste e que devemos manter esse estado constantemente. No entanto, felicidade não é apenas ausência de sofrimento, mas envolve sentido, propósito e autenticidade. A sociedade, com seu imediatismo e redes sociais, distorce a felicidade, fazendo parecer que é um estado constante. Mas ela não está apenas em grandes momentos, e sim nas pequenas coisas: um café quente, um abraço, um pôr do sol. Vivemos sob a "ditadura da felicidade", onde parecer alegre o tempo todo se torna uma obrigação. Essa visão leva a frustrações, pois tristeza e angústia fazem parte da vida e são essenciais para o crescimento. O problema não é sentir dor, mas ignorá-la. O excesso de positividade pode levar à negação de emoções importantes. Cada pessoa define sua felicidade de forma única. Pode estar na realização profissional, no amor, na família ou na paz interior. Não deve ser medida por padrões alheios. Não busque a felicidade idealizada pelos outros, mas construa a sua, valorizando momentos simples e respeitando seus processos emocionais. Permita-se sorrir, mas também sentir e aprender com cada fase da vida. A felicidade não é permanente, mas feita de momentos ao longo da jornada. E talvez sua beleza esteja justamente na impermanência: ao entendermos que ela vem e vai, passamos a valorizá-la ainda mais quando a encontramos.
Greice Carvalho

Áreas da filosofia, psicologia e economia estudam o conceito de felicidade. Sócrates, Platão e Aristóteles refletiram sobre o tema, cada um com sua visão de uma vida plena. Nos tempos modernos, estudiosos como Martin Seligman associaram a felicidade ao bem-estar psicológico. A importância do tema levou a ONU a instituir, em 2012, o Dia Internacional da Felicidade, 20 de março, reconhecendo-a como um direito fundamental.

Mas o que é felicidade? Para alguns, um ponto de partida; para outros, um destino. Suas definições variam conforme cultura, época e vivência. Em geral, é um estado positivo de prazer e realização. Mas depende de acontecimentos externos ou de como os interpretamos?

Acreditamos que ser feliz é não estar triste e que devemos manter esse estado constantemente. No entanto, felicidade não é apenas ausência de sofrimento, mas envolve sentido, propósito e autenticidade.

A sociedade, com seu imediatismo e redes sociais, distorce a felicidade, fazendo parecer que é um estado constante. Mas ela não está apenas em grandes momentos, e sim nas pequenas coisas: um café quente, um abraço, um pôr do sol.

Vivemos sob a "ditadura da felicidade", onde parecer alegre o tempo todo se torna uma obrigação. Essa visão leva a frustrações, pois tristeza e angústia fazem parte da vida e são essenciais para o crescimento. O problema não é sentir dor, mas ignorá-la. O excesso de positividade pode levar à negação de emoções importantes.

Cada pessoa define sua felicidade de forma única. Pode estar na realização profissional, no amor, na família ou na paz interior. Não deve ser medida por padrões alheios. Não busque a felicidade idealizada pelos outros, mas construa a sua, valorizando momentos simples e respeitando seus processos emocionais.

Permita-se sorrir, mas também sentir e aprender com cada fase da vida. A felicidade não é permanente, mas feita de momentos ao longo da jornada. E talvez sua beleza esteja justamente na impermanência: ao entendermos que ela vem e vai, passamos a valorizá-la ainda mais quando a encontramos.
Docente do curso de Psicologia da Estácio Porto Alegre

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