Os empresários de hoje enfrentam um dilema: como lidar com a Geração Z? Muitos gestores relatam frustração ao tentar integrar às suas equipes esses jovens - nascidos entre os anos 1990 e 2010 e caracterizados como nativos digitais. Empresários reclamam da falta de compromisso, da impaciência com processos, da dificuldade em manter o foco e do desejo constante de mudanças dessa turma. A impressão geral é de que essa geração não valoriza a estabilidade, não respeita hierarquias e não se compromete como os trabalhadores das gerações anteriores. No entanto, essa visão limitada pode ser um grande erro estratégico.

Segundo a plataforma Intelligent.com, há uma onda de demissões de colaboradores da Geração Z. Conforme pesquisa que entrevistou mil líderes nos EUA, 60% dos gestores já demitiram recém-formados contratados nos últimos meses.

A verdade é que a Geração Z não se conforma com estruturas rígidas, não aceita regras sem propósito e busca um ambiente onde possa ter voz ativa e enxergar evolução. Para eles, o tempo é um ativo precioso e qualquer atividade que não ofereça crescimento ou desafios rapidamente se torna desinteressante.

Essa realidade tem sido um grande choque para empresários acostumados com modelos tradicionais com hierarquia e estabilidade. Na verdade, trata-se de uma nova dinâmica profissional. A Geração Z apenas entende o trabalho de uma forma diferente. Precisam de liberdade para tomar decisões, propósito claro e esperam feed-backs frequentes. São multitarefas, rápidos na absorção de informações e têm enorme capacidade de adaptação, fatores que podem ser grandes diferenciais de uma organização.

Não há como fugir dessa geração e ignorar suas demandas. O desafio não está em mudar a Geração Z, mas em aprender e treinar, engajar e aproveitar o potencial que ela pode oferecer. As empresas que souberem lidar com essa mentalidade terão profissionais criativos, dinâmicos e altamente conectados com as mudanças. Por outro lado, aqueles que insistirem em padrões antiquados verão suas equipes perderem competitividade e terão dificuldades em reter talentos.