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Publicada em 06 de Março de 2025 às 14:28

Brechós e a crescente do mercado second hand

Marina Dalcin, administradora e pós-graduada em gestão empresarial e empreendedorismo

Marina Dalcin, administradora e pós-graduada em gestão empresarial e empreendedorismo

Arquivo pessoal/Divulgação/JC
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Marina Dalcin
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Há alguns anos o mercado second hand (segunda mão, roupas usadas) cresce mais que o varejo geral e prevê faturar cerca de US$ 69 bilhões, até o ano de 2029, superando de vez o fast fashion (moda rápida, mercado de roupas ultrabaratas que propõe uma falsa ideia de economia em virtude de seus preços).
De acordo com a ABVTEX, o Brasil movimentou cerca de R$ 10 bilhões só no ano de 2022. Em 2023, foram constatados cerca de 118 mil brechós ativos em todo território nacional (Sebrae, 2023), isso sem considerar um outro público de expositores itinerantes, vendedores autônomos que não pode ser quantificado com exatidão.
Fato é que a crescente da moda sustentável é amparada principalmente pelo comportamento do consumidor, que busca por um consumo mais consciente, com o menor impacto ambiental possível. Assim, trazer novas oportunidades e reintroduzir no processo de uso peças que já foram de outras pessoas pode ter um significado ainda maior.
Além de fatores motivados pela economia circular, reaproveitamento de peças, redução de resíduos e poluentes, outro fator que pode ter impactado esse setor é o poder de compra dos brasileiros. Aliás, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população perdeu quase metade do poder de compra nos últimos 10 anos. Diante disso, negócios como brechós, aluguel de roupas, feiras de expositores, modelo de assinatura estão se desenvolvendo e ganhando um espaço cada vez maior a cada ano.
Contudo, muitos empresários e donos de brechós ainda enfrentam desafios para escalar seus negócios, cometendo erros que comprometem a rentabilidade e o crescimento sustentável dos mesmos. Isso pode ser ocasionado por falta de gestão, metodologia e má administração, ou até mesmo por fatores emocionais que comprometem uma tomada de decisão assertiva.
Para superar essas dificuldades, é essencial que os empresários busquem capacitação contínua, adotem ferramentas de gestão eficientes e estejam abertos a inovações no setor. Além disso, contar com o apoio de especialistas e trocar experiências com outros empreendedores pode trazer insights valiosos para o desenvolvimento do negócio.
O sucesso de um brechó não depende apenas de garimpar boas peças ou captar novos clientes a qualquer custo, mas também da visão estratégica e da capacidade de adaptação a um mercado cada vez mais digital e competitivo.
Administradora e pós-graduada em Gestão Empresarial e Empreendedorismo
 

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