Leonardo Bandeira
Novembro Azul não é apenas sobre câncer de próstata. O mês lança luz à saúde global dos homens – e se sabe de longa data que o sexo masculino é menos frequente nos consultórios médicos do que as mulheres. Ao contrário delas, que ao deixarem o pediatra mantêm uma rotina de cuidado com o ginecologista, eles permanecem em um limbo temporal de idas ao médico até alcançar a velhice – ou ter algum problema mais sério, o que vier primeiro.
Esse comportamento impacta diretamente na expectativa de vida. No Brasil, em média, uma mulher vive seis anos mais do que um homem. Pela lógica, morrem mais indivíduos do sexo masculino do que do feminino no país. E elas ocorrem por todas as causas, principalmente por doenças crônicas não transmissíveis – como as cardiovasculares, as respiratórias, as neoplasias e a diabetes –, e causas externas – como acidentes de trânsito. Nota-se que, à exceção das causas externas, todos os demais motivos que acarretam morte podem ser prevenidos, tratados, controlados e até curados.
Fato é que a ausência de visitas ao médico resulta no agravamento de muitas condições de saúde, necessitando de tratamentos mais agressivos – e custosos ao sistema – e, nem sempre, surtindo os efeitos desejados. É por essa razão que há muitos “Novembros Azuis” estamos reforçando a ideia de cuidado com a saúde masculina como um todo, promovendo um olhar além do câncer de próstata. Estereótipos que justificam esse comportamento precisam evoluir, tal como a sociedade. Frequentar o médico, cuidar da saúde e realizar exames frequentes não fere a masculinidade, não deixa os homens vulneráveis e sequer os fragiliza.
Apesar de não falar exclusivamente da doença, também precisamos estender nossa voz neste mês para abordar os tumores de próstata, afinal, estima-se mais de 71 mil novos casos para cada ano do triênio 2023-2025. Além disso, é a segunda causa de morte por câncer entre os homens. Identificar o problema cedo é fundamental para o sucesso do tratamento. Logo, cresce a importância das visitas ao médico, especialmente a partir dos 50 anos. Aqueles com histórico familiar precisam de mais atenção, pois a genética tem grande relação com a enfermidade. Novembro Azul é mais do que o câncer de próstata, mas também é sobre ele. Saúde é assunto sério, e cuidar da sua não é uma fraqueza.
Médico urologista do Hospital de Clínicas Ijuí
Novembro Azul não é apenas sobre câncer de próstata. O mês lança luz à saúde global dos homens – e se sabe de longa data que o sexo masculino é menos frequente nos consultórios médicos do que as mulheres. Ao contrário delas, que ao deixarem o pediatra mantêm uma rotina de cuidado com o ginecologista, eles permanecem em um limbo temporal de idas ao médico até alcançar a velhice – ou ter algum problema mais sério, o que vier primeiro.
Esse comportamento impacta diretamente na expectativa de vida. No Brasil, em média, uma mulher vive seis anos mais do que um homem. Pela lógica, morrem mais indivíduos do sexo masculino do que do feminino no país. E elas ocorrem por todas as causas, principalmente por doenças crônicas não transmissíveis – como as cardiovasculares, as respiratórias, as neoplasias e a diabetes –, e causas externas – como acidentes de trânsito. Nota-se que, à exceção das causas externas, todos os demais motivos que acarretam morte podem ser prevenidos, tratados, controlados e até curados.
Fato é que a ausência de visitas ao médico resulta no agravamento de muitas condições de saúde, necessitando de tratamentos mais agressivos – e custosos ao sistema – e, nem sempre, surtindo os efeitos desejados. É por essa razão que há muitos “Novembros Azuis” estamos reforçando a ideia de cuidado com a saúde masculina como um todo, promovendo um olhar além do câncer de próstata. Estereótipos que justificam esse comportamento precisam evoluir, tal como a sociedade. Frequentar o médico, cuidar da saúde e realizar exames frequentes não fere a masculinidade, não deixa os homens vulneráveis e sequer os fragiliza.
Apesar de não falar exclusivamente da doença, também precisamos estender nossa voz neste mês para abordar os tumores de próstata, afinal, estima-se mais de 71 mil novos casos para cada ano do triênio 2023-2025. Além disso, é a segunda causa de morte por câncer entre os homens. Identificar o problema cedo é fundamental para o sucesso do tratamento. Logo, cresce a importância das visitas ao médico, especialmente a partir dos 50 anos. Aqueles com histórico familiar precisam de mais atenção, pois a genética tem grande relação com a enfermidade. Novembro Azul é mais do que o câncer de próstata, mas também é sobre ele. Saúde é assunto sério, e cuidar da sua não é uma fraqueza.
Médico urologista do Hospital de Clínicas Ijuí