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Publicada em 17 de Novembro de 2024 às 18:00

Inovação aliada à prevenção na urologia

Flavio Aranovich, urologista do Grupo São Pietro Hospitais e Clínicas

Flavio Aranovich, urologista do Grupo São Pietro Hospitais e Clínicas

Arquivo pessoal/Divulgação/JC
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Flavio Aranovich
Flavio Aranovich
Todos os anos, durante o Novembro Azul, os alertas da importância do diagnóstico precoce e tratamento do câncer de próstata são reforçados na tentativa de aumentar os índices de cura do segundo tipo de tumor mais comum entre os pacientes masculinos. Apesar de recorrentes, os avisos são fundamentais para o cuidado com a saúde do homem, que costuma negligenciar aspectos básicos do próprio bem-estar ao invés de buscar acompanhamento médico.
Desde 2003, quando a data foi instituída, na Austrália, a medicina alcançou avanços significativos, principalmente no campo de terapias menos invasivas e dados para antecipar os cuidados preventivos.
As inovações tecnológicas no tratamento do câncer de próstata têm revolucionado a abordagem clínica. A cirurgia robótica - procedimento minimamente invasivo assistido por robô - permite uma operação mais precisa, com recuperação mais rápida, menos sangramento e menor risco de complicações como disfunção erétil e incontinência. Trata-se de uma alternativa que rechaça as maiores preocupações dos homens quando descobrem a doença, que é perder a capacidade de ter ereções e controlar a micção.
Outro avanço são as terapias-alvo, que utilizam nanopartículas e bloqueio androgênico e que também têm mostrado eficácia em aumentar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes que apresentam doença de difícil controle. O tratamento usa medicamentos que atacam especificamente as células cancerígenas minimizando danos às células saudáveis e reduzindo efeitos colaterais. Além de um manejo mais eficaz da doença, os medicamentos podem ser combinados com outras terapias, buscando aumentar a taxa de eficácia do tratamento.
Ao falar de inovação na medicina urológica, não abordamos apenas tratamentos. Os avanços no campo da prevenção, como o sequenciamento do DNA, são igualmente significativos no esforço de reduzir a taxa de mortalidade pelo câncer de próstata.
Considerando-se que 10% dos tumores são hereditários, a análise do histórico familiar cumpre papel significativo na obtenção de informações complementares e vitais para traçar estratégias terapêuticas mais eficazes. E quanto mais a medicina avança, mais é possível agregar terapias melhores para garantir não só a vida do paciente como o seu bem-estar após a cura.
Urologista do Grupo São Pietro Hospitais e Clínicas
 

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