Um impasse na recuperação gaúcha

A economia do Rio Grande do Sul, marcada por sua tradição industrial e agrícola, enfrenta desafios cada vez maiores para manter sua competitividade e gerar empregos após a crise climática de maio. Um dos principais obstáculos para a recuperação econômica é a alta carga tributária, que sufoca as empresas e limita seu potencial de crescimento.

A situação se agrava quando as companhias, já pressionadas pelos custos operacionais, enfrentam o dilema de arcar com a folha de pagamentos e lidar com tributos excessivos que comprometem sua sustentabilidade. Nos últimos meses, temos trabalhado intensamente em busca de soluções para aliviar essa pressão e promover um ambiente mais favorável para o desenvolvimento econômico no Rio Grande do Sul.

Nesse contexto, os modelos dos projetos normativos que visam corrigir distorções no sistema tributário nacional foram entregues ao presidente Lula e ao vice-presidente Alckmin ainda no mês de maio. As propostas tratam de medidas inegavelmente urgentes e relevantes, que já deveriam ter sido implementadas via medida provisória, dada a gravidade da situação. Infelizmente, até o momento, não houve avanço significativo por parte do Poder Executivo. Diante disso, coube ao Legislativo agir.

Apresentei o Projeto de Lei (PL) 2265/24 e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 109/24, que buscam criar mecanismos de desoneração tributária, especialmente para as empresas que enfrentam dificuldades em honrar suas folhas de pagamento. Essas medidas são fundamentais para garantir que os negócios gaúchos possam continuar gerando empregos e contribuindo para o crescimento econômico.

Entendemos que o alívio tributário não apenas impulsiona a economia local, como também estimula o consumo, melhora a competitividade e atrai investimentos, criando um ambiente econômico mais próspero. No entanto, é preciso que essas mudanças sejam implementadas com responsabilidade, evitando os erros do populismo econômico que, em vez de trazer estabilidade, apenas fragilizam o país.

As empresas do estado precisam de apoio urgente para se reerguer e manter a economia em funcionamento. O momento exige medidas concretas e estruturais. É preciso que o Governo Federal cumpra seu papel e crie condições necessárias para que os empreendedores superem mais esse desafio. Seguimos comprometidos em garantir que a economia gaúcha tenha esse suporte necessário e retome o caminho do crescimento sustentável.