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Publicada em 03 de Julho de 2024 às 19:12

Um aeroporto pra chamar de seu

Eduardo Estima, vice presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do RS (IBEF-RS)

Eduardo Estima, vice presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do RS (IBEF-RS)

Arquivo pessoal/Divulgação/JC
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Eduardo Estima
Eduardo Estima
Eu via da janela de casa a chegada do voo RG100, ao redor de meio-dia, e saía para o aeroporto, buscar meu pai ou meu tio, que chegavam do Rio de Janeiro. Eram tempos de poucos voos e muito espaço entre as poltronas.
O espaço diminuiu muito, mas a quantidade de voos aumentou de forma inversa ao esticar das pernas.
Abril de 2024... não temos mais o voo 100, mas temos 100 voos diários no Aeroporto Salgado Filho! Mas... acabou, pois maio chegou, junho passou e estamos em julho. Nem voo 100, tampouco qualquer forma de sair de Porto Alegre em um avião comercial.
Zero! O Salgado Filho alagou. Estamos esperando os resultados das análises de amostras do piso de nossa pista, a parte velha do voo 100 e sua nova extensão, conquistada desde que ele foi concedido à Fraport, aumentou seu terminal e sua pista. Mas ficaram submersos por mais de 30 dias. Arrozeiros, amigos de arrozeiros, vizinhos, funcionários da concessionária, todos numa incansável luta pela drenagem da área que sempre tão bem nos serviu. Podemos discutir cláusulas dos contratos, mas temos de seguir focados e trabalhando 24/7 para que POA reabra, e recomece a receber e liberar seus voos (hoje temos, com todos os esforços da Base Aérea, Floripa, Caxias e Jaguaruna, apenas 15% dos antigos voos do Salgado Filho).
Recuperar os voos internacionais fica para mais adiante. A escada rolante também, pois o feito é melhor que o perfeito. Temos de trocar os bilhões de reais de prejuízos causados pelo seu fechamento, por ganhos, sejam em eventos, tratamentos de saúde, em exportações, em turismo para nossa querida e bela Serra Gaúcha. Que voltem as locadoras de veículos com seus enormes pátios, os hotéis, os restaurantes, todos a ganhar.
Todos os envolvidos: passageiros, donos de cargas, prefeitura, governo do Estado e os designados pelo governo federal para acompanhar o assunto, são maioria de gaúchos. Se somos todos os interessados, gaúchos, vamos nos focar e trabalhar com a certeza de que podemos, juntos, diminuir os prejuízos já ocorridos no Rio Grande. Baixemos as bandeiras e unamo-nos para termos, novamente, um aeroporto pra chamar de nosso.
Vice Presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do RS (IBEF-RS).
 

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