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Publicada em 09 de Julho de 2024 às 19:01

Uma sugestão de modelo hidrodinâmico para prever e gerir inundações

ARTE/JC
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Cristiano Trindade De Angelis e Marcus da Nobrega Gomes Junior
Cristiano Trindade De Angelis e Marcus da Nobrega Gomes Junior
Atualmente mais de 270 municípios gaúchos contam com planos de contingência que especificam as ações e procedimentos em caso de desastres. Contudo, o plano padrão de emergência ainda não existe devido à incapacidade de abordar as incertezas que surgem devido à variabilidade nas propriedades hidráulicas e hidrológicas, considerando que são a utilização dos solos e então as alterações climáticas os principais contribuintes para isso.
Muitas das áreas de vegetação esparsa foram destruídas para agricultura industrial e pastagens de cobertura e o clima tornou-se mais quente e seco, isso sem considerar a questão dos veículos velhos que também ajudam nas massas de ar quente e chuvas intensas.
Atualmente, o Rio Grande do Sul tem 1,7 mil estações pluviométricas (medem a chuva que cai na bacia do rio), fluviométricas (medem o nível e a vazão dos rios) e só 25% fazem a transmissão dos dados em tempo real. Só assim os modelos hidrodinâmicos podem ser alimentados, se não contam com dados fornecidos pela própria população enviado por vídeos e fotos.
A padronização de planos de emergência com mapeamento de comunicação de risco e organização de dados de modelagem de rompimento de barragens passa por uma estrutura de banco de dados que incluem a violação do limite da zona de inundação e sua profundidade, velocidade e tempo, topografia, conjuntos de dados de uso da terra, inventário de elementos de infraestrutura, características demográficas, etc.
O resultado é a seleção de medidas proativas, tanto estruturais (ex.: obras de engenharia hidráulica) como não estruturais (ex.: políticas públicas de transferência de conhecimento à sociedade) , que reduzirão a potencial perda de vidas e econômicas.
Os produtos digitais compatíveis com o software HAZUS do Mapeamento de Riscos de Inundação Associados a Incidentes e Falhas em Barragens do governo americano (Fema) permitem que os planejadores de mitigação usem informações sobre rupturas de barragens para estimar danos potenciais e fazer análises de custo-benefício para as áreas populacionais mais vulneráveis e então desenvolver projetos de infraestrutura e esforços de rezoneamento.
PhD em Gestão do Conhecimento
PhD em Hidrologia
 

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