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Publicada em 09 de Julho de 2024 às 17:24

Universidades disruptivas: a educação ágil

Juliana Suzin, sócia-fundadora e CEO da Startup Academy

Juliana Suzin, sócia-fundadora e CEO da Startup Academy

Startup Academy/Divulgação/JC
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Juliana Suzin
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Neste mundo em constante transformação pela tecnologia e suas novas demandas para o mercado de trabalho, a educação superior passa, agora, por um duplo desafio. Ser empreendedor da própria jornada e ainda proficiente em tecnologias complexas são algumas das cobranças que a nova geração deve lidar.
Um relatório recente do World Economic Forum publicou uma projeção dos empregos para o futuro. Conforme o estudo, até 2027, espera-se que cerca de um quarto dos empregos sofram alterações, com a criação de 69 milhões de novos postos e a eliminação de 83 milhões de posições.
Já não basta mais adquirir conhecimento durante a graduação e usá-lo ao longo de toda a carreira. O ritmo acelerado da nossa cultura e as transformações do mercado de trabalho exigem uma abordagem mais dinâmica.
Diante desse cenário, o maior desafio é preparar a nova geração para ser empreendedora. Uma geração que, devido ao fato de ter crescido em um ambiente influenciado pela tecnologia digital, assume uma característica mais acelerada do que as anteriores.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Pearson Higher Education com jovens da Geração Z, 25% acreditam que terão uma carreira recompensadora sem frequentar uma faculdade. Ou seja, é importante que a dinâmica da sala de aula, os projetos pedagógicos e o plano de desenvolvimento institucional sejam reformulados, tendo em vista o novo aluno como referência.
À frente desse rápido ritmo de deterioração das competências, as universidades devem se preparar para receber este novo aluno. Isso significa investir em formações ágeis, agregar as habilidades socioemocionais ao currículo e ampliar o acesso a oportunidades de aprendizagem ao longo da vida, por meio de uma ampla gama de micro certificações. Nesse sentido, é fundamental que prevaleça a ideia de que a educação não termina com a obtenção de um diploma, mas que é um processo contínuo de atualização e aprimoramento.
Cabe, portanto, às instituições deste ecossistema o papel de aprimorar a educação de ensino superior e fornecer uma resposta inovadora perante esses desafios, com o preparo dos alunos para um mercado de trabalho em constante evolução. Se no varejo, por exemplo, as lojas devem conhecer o seu consumidor e atender às suas necessidades, na educação do século XXI, não é diferente. É preciso conhecer o perfil desse novo aluno e fornecer as ferramentas necessárias para que ele navegue no mercado de trabalho que muda aceleradamente graças ao impacto da tecnologia.
Sócia-fundadora e CEO da Startup Academy
 

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