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Publicada em 22 de Julho de 2024 às 18:44

O futuro da indústria de construção no Brasil

ARTE/JC
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Alexandre Brown
Alexandre Brown
A indústria de construção no Brasil é uma das maiores da América Latina e tem sido um forte indicador da saúde econômica do País. Neste cenário, o mercado de tintas e revestimentos tem desempenhado um papel fundamental, de acordo com um levantamento realizado pela Mordor Intelligence, que aponta que as duas áreas devem chegar aos US$ 12,48 bilhões de faturamento em 2024 só na América do Sul.
A projeção se mostra bem plausível. Só no Brasil, em 2022, foram lançadas 295 mil unidades imobiliárias, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Para todas, é preciso tinta, revestimento, iluminação, vidro… Tendo isso em vista, pequenas, médias e grandes empresas investem no aumento e na inovação de seus portfólios.
De forma clara, e até pragmática, conseguimos ver um bom reflexo dessa movimentação na engrenagem dos negócios que se formam em feiras e encontros do mercado. Em grandes eventos, que abraçam o setor da construção semestralmente, é possível ver o aumento na oferta de revestimentos em geral. Mas não só isso.
A tinta se mantém como carro-chefe nas configurações do segmento - sendo o Brasil detentor de cerca de 50% do volume total produzido na América Latina e 4% do total no mundo todo, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati).
O interesse do público por iluminação e vidro também chama a atenção, abrindo margem para a ampliação de outras frentes da arquitetura. Muito por causa e efeito, imagino, do espaço que o design tem conquistado em projetos de acabamento. Vimos um breve reflexo disso, este ano, na Haus Decor Show, uma das feiras que aquecem o mercado para o segundo semestre - e que conta com 40% de representação do varejo. O evento precisou expandir seu espaço de lighting design, fornecendo um pavilhão exclusivo para novas marcas expositoras deste nicho.
O minimalismo, o art déco, o barroco, o clássico e o modernista são estilos em voga, que estão ditando o futuro do segmento através do arquiteto, do designer, dos profissionais de acabamento em geral. São eles que nos dizem o que o mercado quer e, mais importante, como ele está se comportando ou vai se portar. Companhias sensíveis a essa percepção estão consolidando seu espaço no cenário latino-americano.
No âmbito nacional, em paralelo, uma movimentação que também merece destaque é a busca por espaço de empresas das regiões norte e nordeste, que têm conquistado porcentagens significativas nesses grandes encontros, contribuindo, essencialmente, para a expansão da criatividade e visão do setor.
Afinal, a previsão é que haja uma crescente nas atividades de construção e, assim, aumento no consumo e na cadeia produtiva. Isso demandará originalidade, inovação e novos horizontes para se manter na jornada. À medida em que o segmento evolui e se adapta, é fundamental que as empresas continuem garantindo sua relevância e competitividade em um cenário que está em constante construção.
Diretor do Portfólio de Construção da NürnbergMesse Brasil

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