Uma dor que precisa virar ação

A tragédia que assola o Rio Grande do Sul não é apenas uma crise de agora, é um grito por mudança que ressoa em cada canto de nosso Estado. A dor imensa que sentimos, independentemente de termos sido diretamente atingidos pelas enchentes, deve ser o catalisador para uma transformação profunda e sustentável em nossa sociedade.

Com essa consciência emergente é preciso que todos nós, governantes, cidadãos, empresas e organizações, reconheçamos que o que estamos enfrentando não é um evento isolado, mas o resultado de um longo período de práticas insustentáveis que negligenciam nosso ambiente natural. Esta não é apenas uma hora de reconstruir, mas de repensar e remodelar nossa relação com a natureza para prevenir futuras catástrofes.

Neste sentido crucial é essencial que nos mobilizemos para adotar práticas mais sustentáveis em todos os aspectos de nossa vida. Precisamos exigir e implementar políticas que priorizem a sustentabilidade ambiental. Aqui, faço um apelo direto ao governador do estado, Eduardo Leite, por favor, adote uma liderança proativa nesta transformação. Inicie a reformulação das políticas de zoneamento para proteger nossas áreas mais vulneráveis a inundações. Implemente incentivos fiscais e subsídios para empresas que adotam práticas verdes e tecnologias que reduzam a emissão de carbono. Invista em infraestrutura resiliente que possa suportar os extremos climáticos que estão se tornando mais frequentes. Foque seu governo na criação de ações sustentáveis que realmente transformem nosso estado. Ajude a educar os gaúchos sobre segurança climática, crie campanhas publicitárias robustas que promovam a consciência ambiental e vamos juntos, de forma colaborativa, transformar o Rio Grande do Sul.

Ao expandir nosso foco, precisamos ter eficiência sustentável desde a gestão de recursos hídricos até o planejamento urbano e rural. E aqui não falo somente do governador, mas do prefeito Sebastião Melo, de mim, de você e de toda a comunidade. A agenda ESG é crucial para amenizarmos os efeitos das mudanças climáticas. É hora de cada um de nós, como parte de uma comunidade interconectada, assumir a responsabilidade por proteger e preservar o meio ambiente.

Portanto não deixemos que esta dor seja em vão. Vamos transformar nosso luto e nossa frustração em ação. Juntos, podemos construir um caminho que honre tanto aqueles que sofrem hoje quanto as futuras gerações que dependem de nós para deixar-lhes um mundo mais seguro e sustentável. A mudança começa agora, com cada escolha que fazemos e cada ação que tomamos. Mobilizemo-nos por um Rio Grande do Sul e um mundo onde tais tragédias se tornem memórias do passado, não temores do futuro.