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Publicada em 28 de Maio de 2024 às 19:19

A importância estratégica da ERS-118

Darcy Luiz Zottis Filho, coordenador do Movimento RS-118 Sem Pedágio

Darcy Luiz Zottis Filho, coordenador do Movimento RS-118 Sem Pedágio

LUIZA PRADO/JC
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Darcy Luiz Zottis Filho
Darcy Luiz Zottis Filho
Em meio a enchente histórica que assola o RS com tantas perdas de vidas, lares, e empreendimentos, em meio ao caos logístico instalado, é gritante a importância da ERS-118, única via preservada de acesso á capital.
A BR-116 trecho Porto Alegre - Novo Hamburgo, a BR-290 trecho Porto Alegre - Gravataí, e a ERS 118 trecho Esteio - Viamão, formam nosso "anel metropolitano", urbano, estrutural e estratégico, de tráfego pendular, doméstico e diário para trajetos curtos. Principal corredor viário responsável pela mobilidade da Capital e Região Metropolitana.
A BR-116 nunca foi pedagiada neste trecho. A BR-290 era pedagiada, grande erro, corrigido com sensibilidade e sabedoria pelo governo federal. Nosso governador já se comprometeu formalmente em não pedagiar a ERS-118, pelos mesmos motivos, porém solicitou estudos para o pedagiamento free flow, que cria intranquilidade, insegurança e fuga de investimentos e empregos, o que é particularmente perverso, pois Alvorada e Viamão, cidades dormitório e piores PIBs do RS, carentes de investimentos, formam o maior cinturão de pobreza e criminalidade do RS.
Pela 118 circulam diariamente milhares de pessoas, produtos e serviços. Houvesse ouvido os argumentos das entidades empresariais, prefeitos, Granpal, vereadores, dos nossos deputados estaduais, das lideranças empresariais e políticas, e das comunidades da região, já estaria em curso a duplicação do trecho simples da rodovia, de Gravataí à Viamão. Falamos de uma obra de apenas 16 km. A ERS-118 em meio a tragédia que vivemos se transformou no "corredor humanitário" que atende à Capital e Região Metropolitana. Ambulâncias, viaturas do corpo de bombeiros, defesa civil, polícia civil, polícia federal, força nacional de segurança têm usado a rodovia constantemente, abrindo caminho em meio ao congestionamento com suas sirenes. É impactante a cena. E junto vem os caminhões com suprimentos e doações, tornando caótico o tráfego. Horas para percorrer trechos que se fazia em poucos minutos.
É urgente a elaboração do projeto e a execução desta obra. Trata-se de trecho plano e com boa topografia, obra de valor razoável, mas de grande importância, entre as prioridades logísticas do RS hoje, senão a principal, e obra que dará retorno em pouco tempo dado o desenvolvimento que está rodovia trará á região, gerando investimentos, impostos, empregos e renda. É fato que catástrofes climáticas têm se tornando cada vez mais frequentes no RS.
O governo do Estado (trata-se de rodovia de competência estadual), tem de executar urgentemente esta operação de alargamento, sob pena de ser responsabilizado pelos acidentes, pela falta de segurança dos usuários, e por danos econômicos e sociais. O alargamento imediato e emergencial da ERS-118 é urgente e vai salvar muitas vidas.
Coordenador do Movimento RS-118 Sem Pedágio
 

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