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Publicada em 12 de Maio de 2024 às 09:25

A reconstrução segura passa pelo conhecimento da Engenharia

Presidente do Sindicato dos Engenheiros do RS, Cezar Henrique Ferreira

Presidente do Sindicato dos Engenheiros do RS, Cezar Henrique Ferreira

Senge/Divulgação/JC
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Cezar Henrique Ferreira
Cezar Henrique Ferreira
Os últimos acontecimentos ficarão marcados na lembrança, por muitas gerações. No caminho das águas, um rastro de destruição e perdas, não só de bens materiais e estruturas, mas infelizmente, de vidas. O Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul se solidariza com todos os gaúchos atingidos.
Neste momento, atuamos em duas frentes: junto aos nossos funcionários e diretores em situação de vulnerabilidade e colocando à disposição da prefeitura de Porto Alegre, nosso edifício-garagem, com cinco andares, para ser um depósito de itens necessários ao acolhimento e cuidado de quem está em abrigos.
Cidades inteiras ficaram submersas ou foram varridas do mapa. E aí vem a reflexão sobre o que vale mais: planejar e manter de forma consciente o ambiente considerando as mudanças climáticas, o aquecimento global e seus impactos, ou lamentar mortes, gastar bilhões na reconstrução e, logo ali adiante ocorrer nova catástrofe?
A reconstrução precisa vir em duas vias, a da autoestima do gaúcho e do próprio Estado. Temos a convicção da importância que os engenheiros terão neste futuro próximo, com seu conhecimento, tecnologia e inovação. O planejamento técnico da ocupação do solo urbano e rural, respeitando a capacidade e a potencialidade de cada região, deve ser contemplado. Não podemos aceitar flexibilizações de legislações que deveriam proteger o meio ambiente e a vida. Ela não pode ser perdida de vista, jamais.
Pensar estes e outros pontos é mirar nas cidades inteligentes. O ideal seria que áreas inadequadas, com um histórico de cheias e tragédias, não fossem mais povoadas. Mas para onde iriam tantas famílias que ali tem suas raízes? Medidas transitórias precisam, então, estar no foco das autoridades e dos governantes.
Nem vamos falar da manutenção das Áreas de Preservação Permanente e dos estudos técnicos realizados ao longo de tantas décadas, constantemente desprezados. Em 2024, temos eleições e propostas para a preservação ambiental são obrigatórias. Precisamos nos reorganizar. Para o nosso bem e dos que virão depois de nós.
Presidente Sindicato dos Engenheiros (Senge-RS) 

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