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Publicada em 28 de Abril de 2024 às 08:37

Dia da Educação: uma reflexão sobre a inovação nas escolas de hoje

Tania Fontolan, diretora pedagógica da Somos Educação

Tania Fontolan, diretora pedagógica da Somos Educação

Somos Educação/Divulgação/JC
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Tania FontolanNos aproximamos da data em que foi definido, no ano 2000 - durante o Fórum Mundial da Educação da Unesco - como o Dia da Educação, celebrado em 28 de abril. Na ocasião, a data foi firmada como um pacto entre centenas de países para o desenvolvimento de medidas para garantir a toda criança e adolescente o acesso à educação. De lá para cá - nesses 24 anos - não somente a maneira como se educa, como também a forma com que o aluno aprende, passou por diversas mudanças em todo o mundo. Se antes o quadro negro e o giz eram protagonistas nas salas de aula, o dinamismo dos dias atuais tem causado um impacto inevitável nos formatos das escolas, que cada vez mais renovam metodologias e adotam recursos tecnológicos em suas rotinas educacionais Para garantir uma educação de qualidade, as instituições de ensino devem se reinventar continuamente, buscando alternativas criativas e eficazes que estimulam a aquisição da capacidade de aprendizagem autônoma e perene. Afinal, em um mundo de vertiginosas mudanças, é necessário ter a capacidade de seguir aprendendo para além do espaço e do tempo da escola. Inovar na educação vai além de simplesmente transmitir conhecimento: envolve aspectos comportamentais, sociais, emocionais, colaborativos e criativos. Essa abordagem permite o desenvolvimento integral dos alunos, capacitando-os em todas as suas dimensões educacionais, para o presente e o futuro. Com essa clareza de contexto, uma escola pautada pela inovação prioriza a prática como forma de aprendizado e preza pela colaboração constante. A mudança de mentalidade é essencial para adotar soluções criativas e dinâmicas, abandonando métodos já obsoletos. Os educadores assumem o papel de facilitadores do conhecimento, promovendo ambientes participativos que estimulam a autonomia dos alunos na construção do saber. A digitalização no âmbito da educação oferece uma oportunidade única para a geração e utilização de dados para melhorar o processo de aprendizagem, incluindo-se também a possibilidade de definir percursos. Gestores e educadores, cada vez mais, podem contar com ferramentas para acompanhamento das turmas, que subsidiam as intervenções pedagógicas mais acertadas para cada aluno. Em tempos de Inteligência Artificial, incorporar nas salas de aula atividades e reflexões sobre sua utilização sintoniza a formação escolar à complexidade social, problematiza as possibilidades dos recursos digitais e aumenta a responsabilidade individual no manuseio dessas ferramentas. Portanto, toda essa transformação não se resume ao uso puro e simples da tecnologia, mas representa uma mudança cultural que a integra de forma estruturada nas práticas pedagógicas. Ampliação do conhecimento em tempo real, utilização de ferramentas digitais e IA para resolução de problemas e reflexão pessoal e ética sobre seus impactos são dimensões indissociáveis e indispensáveis a serem consideradas para uma formação integral e atualizada - que deve estar alinhada às demandas sociais e aos atuais e futuros contornos do mercado de trabalho. Finalmente, apesar da tecnologia ser uma ferramenta indispensável para a transformação e atualização do ensino, uma instituição inovadora de verdade deve ter inquietude e acompanhar tendências. É necessário renovar práticas e elaborar projetos diferenciados que preparem os alunos para o que ainda não existe – e, portanto, ainda não pode ser replicado. A tecnologia deve ser um objeto intrínseco, de ensino e aprendizagem, e não se resumir a uma forma de abrilhantar aulas expositivas. Ela deve estar presente em uma cultura que considera os alunos seres autônomos, com papel ativo em seu próprio aprendizado, em busca de construir a melhor versão de si mesmos.
Tania Fontolan

Nos aproximamos da data em que foi definido, no ano 2000 - durante o Fórum Mundial da Educação da Unesco - como o Dia da Educação, celebrado em 28 de abril. Na ocasião, a data foi firmada como um pacto entre centenas de países para o desenvolvimento de medidas para garantir a toda criança e adolescente o acesso à educação.

De lá para cá - nesses 24 anos - não somente a maneira como se educa, como também a forma com que o aluno aprende, passou por diversas mudanças em todo o mundo. Se antes o quadro negro e o giz eram protagonistas nas salas de aula, o dinamismo dos dias atuais tem causado um impacto inevitável nos formatos das escolas, que cada vez mais renovam metodologias e adotam recursos tecnológicos em suas rotinas educacionais

Para garantir uma educação de qualidade, as instituições de ensino devem se reinventar continuamente, buscando alternativas criativas e eficazes que estimulam a aquisição da capacidade de aprendizagem autônoma e perene. Afinal, em um mundo de vertiginosas mudanças, é necessário ter a capacidade de seguir aprendendo para além do espaço e do tempo da escola. Inovar na educação vai além de simplesmente transmitir conhecimento: envolve aspectos comportamentais, sociais, emocionais, colaborativos e criativos. Essa abordagem permite o desenvolvimento integral dos alunos, capacitando-os em todas as suas dimensões educacionais, para o presente e o futuro.

Com essa clareza de contexto, uma escola pautada pela inovação prioriza a prática como forma de aprendizado e preza pela colaboração constante. A mudança de mentalidade é essencial para adotar soluções criativas e dinâmicas, abandonando métodos já obsoletos. Os educadores assumem o papel de facilitadores do conhecimento, promovendo ambientes participativos que estimulam a autonomia dos alunos na construção do saber.

A digitalização no âmbito da educação oferece uma oportunidade única para a geração e utilização de dados para melhorar o processo de aprendizagem, incluindo-se também a possibilidade de definir percursos. Gestores e educadores, cada vez mais, podem contar com ferramentas para acompanhamento das turmas, que subsidiam as intervenções pedagógicas mais acertadas para cada aluno. Em tempos de Inteligência Artificial, incorporar nas salas de aula atividades e reflexões sobre sua utilização sintoniza a formação escolar à complexidade social, problematiza as possibilidades dos recursos digitais e aumenta a responsabilidade individual no manuseio dessas ferramentas.

Portanto, toda essa transformação não se resume ao uso puro e simples da tecnologia, mas representa uma mudança cultural que a integra de forma estruturada nas práticas pedagógicas. Ampliação do conhecimento em tempo real, utilização de ferramentas digitais e IA para resolução de problemas e reflexão pessoal e ética sobre seus impactos são dimensões indissociáveis e indispensáveis a serem consideradas para uma formação integral e atualizada - que deve estar alinhada às demandas sociais e aos atuais e futuros contornos do mercado de trabalho.

Finalmente, apesar da tecnologia ser uma ferramenta indispensável para a transformação e atualização do ensino, uma instituição inovadora de verdade deve ter inquietude e acompanhar tendências. É necessário renovar práticas e elaborar projetos diferenciados que preparem os alunos para o que ainda não existe – e, portanto, ainda não pode ser replicado. A tecnologia deve ser um objeto intrínseco, de ensino e aprendizagem, e não se resumir a uma forma de abrilhantar aulas expositivas. Ela deve estar presente em uma cultura que considera os alunos seres autônomos, com papel ativo em seu próprio aprendizado, em busca de construir a melhor versão de si mesmos.
Diretora pedagógica da Somos Educação

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