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Opinião

Artigo

- Publicada em 10 de Fevereiro de 2023 às 16:15

O cenário atual da inovação logística

Telmo Teramoto
Telmo Teramoto
Atualmente, o mercado de logística está passando por mudanças significativas devido ao aumento da demanda por entregas rápidas e eficientes, bem como a crescente preocupação com questões envolvendo sustentabilidade. E vale lembrar que a tecnologia e a inovação são fundamentais para garantir que o setor esteja preparado para as necessidades e desafios que estão por vir.
Com o aumento na quantidade de organizações focadas em facilitar e potencializar interações entre startups e empresas, conseguimos ver que a inovação aberta deixou de ser algo para se pensar no futuro, e está acontecendo fortemente no presente – o que reflete também na logística.
Nesse cenário, as logtechs são muito importantes, pois trazem conhecimentos tecnológicos, velocidade de adaptação e escalabilidade das suas soluções, que fazem com que elas consigam melhorar a eficiência, reduzir custos, melhorar a experiência do cliente, aumentar a sustentabilidade e inovar no setor por meio de recursos como otimização de rotas, rastreamento em tempo real e automatização de processos.
Porém, existem diversos desafios que o segmento ainda precisa superar, tais como o crescimento do comércio eletrônico, que está criando uma pressão para entregas mais rápidas e precisas; oferecer segurança para proteger as operações e cargas; lidar com escassez de mão de obra qualificada que pode dificultar a implementação de tecnologias avançadas e aumentar os custos operacionais; integrar sistemas, como de gerenciamento de estoque, rastreamento e pagamento, e integração com parceiros, como transportadores, armazéns e fornecedores, que garante que as informações estejam sincronizadas e precisas.
Podemos observar diversas instituições formando parcerias estratégicas para resolver esses problemas e compartilhar recursos e conhecimento, como tecnologia, infraestrutura e expertise. A Maersk, a maior empresa de transporte de contêineres do mundo, pesquisou junto com a IBM durante cerca de seis anos uma plataforma de gerenciamento de cadeias logísticas de transporte por contêineres utilizando ferramentas blockchain da Fundação Hyperledger, que é formada por um consórcio de empresas como IBM, Accenture, Fujitsu, Hitachi, American Express, Bosch, Fedex, Huawei, Oracle, entre outras.
Isso evidencia que o investimento em inovação não é apenas uma tendência no setor, mas sim uma necessidade para que continue operando, evoluindo e lucrando. E existem diversos motivos que levam a crer que os aportes em logtechs, em especial no Brasil, sigam crescendo, pois parte do segmento ainda é pouco tecnológico com imensas possibilidades de ganhos.
Além disso, a infraestrutura de transporte e logística do país precisa ser melhorada, principalmente nas áreas de transporte ferroviário e portuário. O Brasil é um país de dimensões continentais e um dos maiores exportadores mundiais de diversos produtos, o que contribui com parcela considerável das suas receitas. Essas características fazem com que haja uma grande pressão por inovações, otimizações e reduções de custos para fazer frente à concorrência global.
Acredito, de maneira geral, que a inovação aberta e a colaboração serão cada vez mais importantes para ajudar as empresas a se adaptarem às mudanças e aproveitarem as oportunidades do mercado. A velocidade dos avanços tecnológicos é cada vez maior e avalio que as instituições que não se atentarem a isso aumentam muito suas chances de serem deixadas para trás por seus pares mais abertos.
Startup Hunter e especialista em Mobilidade da Liga Ventures
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