Daiçon Maciel da Silva
Outubro rosa também é o mês do Idoso. Desde 1991, o dia 1º de outubro foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para comemorar esta fase da vida, mundialmente. A data busca sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento, destacando a necessidade de proteção e de cuidados para com essa população. O lema deste ano é "Resiliência das pessoas idosas num mundo em mudança". E quanta mudança!
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, uma em cada cinco pessoas terá 60 anos de idade ou mais, chegando a quase 2 bilhões de pessoas; isso representará um quinto da população mundial. Dados do Ministério da Saúde dão conta que o Brasil, em 2016, tinha a quinta maior população idosa do mundo, e, em 2030, o número de idosos ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos.
Esta tendência começou há cerca de 50 anos e é um reflexo da queda acelerada das taxas de fertilidade e do aumento da esperança média de vida a nível mundial, em grande parte do mundo, acompanhando o desenvolvimento socioeconômico (OMS, 2015).
Diante desses números e dessa nova versão do idoso, os governos precisam criar e acelerar políticas públicas voltadas para essa parcela da população que só cresce. Porque, além de crescer, ela também mudou seus hábitos e comportamentos, que precisam ser levados em conta, muito além da Previdência Social. Além de agir em prol dos "novos idosos" é preciso pensar nos idosos do futuro.
Hoje, "novos idosos", com mais de 70 anos estão na ativa. São prefeitos, médicos, empresárias, costureiras, jornalistas etc., que ainda desempenham todas as funções do mercado de trabalho. Boa parte dos que estão aposentados ou têm mais tempo disponível, assumiram a função de cuidadores dos netos. Educam, levam e buscam na escola e em outras atividades, se desdobram no dia a dia sem pedir nada em troca. Os "avós modernos", "novos idosos", conseguem estabelecer conexões com as gerações futuras. Eles curtem um "cineminha" e interagem pelo Whatsapp, Facebook, Instagram e outras redes sociais.
Também conhecida como Melhor Idade, a velhice deve ter recebido este nome, porque neste momento da vida realmente podemos fazer coisas boas, que quando jovens, era impossível, pois o trabalho ou os filhos pequenos e outros compromissos não nos permitiam. Mas, a longevidade traz consequências, e, por isso, devemos nos preparar. Cuidar da saúde, das finanças e pensar no futuro é muito importante e, certamente, nos permitirá viver de fato a melhor idade.
Ex-prefeito de Santo Antônio da Patrulha