Muito se fala sobre o mundo que iremos deixar para as próximas gerações. O que estamos fazendo hoje, quais mudanças precisam ser feitas, como chegaremos no futuro? São reflexões legítimas e necessárias que exigem, ainda, um longo caminho pela frente. A notícia boa é que, nos últimos anos, percebemos movimentos relevantes, conduzidos por pessoas que querem transformar, inovar, fazer diferente e, assim, construir um ambiente realmente atrativo para novas oportunidades.
A vertente empreendedora faz parte da cultura do gaúcho. Temos grandes polos de empresas dos mais variados segmentos, que se destacam nos mercados nacional e global, e que têm suas sedes aqui, no nosso Estado. Mesmo com todos os desafios impostos, como entraves burocráticos, geografia nem sempre favorável e falta de recursos e investimentos, o empreendedor se mostra resiliente. E, mais do que isso, nos últimos anos, muitos se reinventaram - uma estratégia de sobrevivência em um dos momentos mais críticos da nossa história.
No espaço de quem se abre para o novo, tenho acompanhado empresas, entidades e instituições, buscando frentes muito claras e interligadas: inovação e sustentabilidade. Nesse sentido, o trabalho de colaboração entre diversos atores continua a ser visto como um dos caminhos capazes de oferecer soluções para os desafios do desenvolvimento de um ecossistema sustentável.
Exemplo disso é a realização de eventos que se propõem a apresentar e discutir novas tecnologias e o que é tendência no ecossistema, como a Gramado Summit, e o South Summit - iniciativa internacional, que movimentará Porto Alegre no mês de maio.
Além dos importantes parques tecnológicos do Estado, desenvolvidos em parcerias entre iniciativa privada e universidades, temos ainda movimentos se consolidando não apenas como hubs, mas como verdadeiros ambientes de inovação onde o desenvolvimento do Estado acontece.
É o caso do Instituto Hélice, do Instituto Caldeira, do Inova RS, do Transforma RS, do Aliança Empresarial, do Pacto Alegre e outros tantos que estão trabalhando de forma colaborativa, sendo a combinação ideal entre governo, setor privado, academia e sociedade.
Na mesma linha, a sustentabilidade também passou a ganhar protagonismo na esteira de um futuro que se aproxima. Quando alinhada diretamente ao negócio das empresas ou das instituições, a estratégia de sustentabilidade conquista clientes, investidores e parceiros, atrai talentos e aproxima a comunidade. Um valor imensurável, mas que precisa ser conduzido de forma genuína e afinado com o propósito da organização.
Ao olharmos para o presente, percebemos que é necessário esforço, vontade e capacidade de unir forças. Vivenciamos um momento interessante em termos de competitividade no Estado, mas é preciso uma virada de chave para que as ações e iniciativas se conectem ainda mais e, assim, caminhem para a direção de um ambiente atrativo para oportunidades, com geração de empregos, e preparado para transformar ideias em realidade.
Só assim conseguiremos deixar um legado inovador e sustentável para quem vem aí.