A Rappi, que entrou no mercado com a proposta de ser um aplicativo que entrega qualquer coisa, completou um ano no mercado porto-alegrense. Recentemente, a empresa trouxe, em parceria com a marca Grin, patinetes elétricos para serem utilizados pela população da capital gaúcha. Por conta disso, ela é referência quando se fala em inovação. Afinal de contas, uma empresa hoje precisa ser uma coisa só?
Não, ela pode ser tudo. A Rappi, por exemplo, de acordo com André Brumer, diretor da marca na Região Sul, quer fazer parte do ciclo completo do consumidor. A ideia é oferecer a compra pelo app, a entrega em casa ou, agora, graças aos veículos, a busca motorizada. E tem mais: pela plataforma do negócio já é possível efetuar os pagamentos. Na conversa a seguir, André fala mais sobre como a inovação é tratada no dia a dia da Rappi, fundada na Colômbia.
Marcas de Quem Decide – Como a Rappi se define?
André Brumer - A Rappi se posiciona como um superapp, um aplicativo que você abre e resolve a sua vida. Antes, a gente tinha a visão de que você apertava o botão e tudo vinha até você. A Rappi era o controle remoto da cidade. A gente começou a ver, no entanto, que tem horas que a gente tem que ir até os lugares, porque não se fica em casa o tempo inteiro. Então, é interessante essa parceria com o patinete. O patinete permite que você vá de uma maneira limpa, sem poluição, sem trânsito, para qualquer lugar. Com o aplicativo da Rappi você consegue trazer o que você quiser até você, ir aonde você quiser e pagar todas as contas no estabelecimento que você esteja.
MDQD – Por que essa necessidade constante de inovar?
André - Isso é uma visão geral do mercado. É um setor competitivo, o delivery hoje está em ascensão de forma gigantesca. Vai crescer muito e tem alguns players estabelecidos que buscam um caminho diferente para trazerem novos clientes. O caminho, sem dúvida nenhuma, é inovação. A gente lançou em janeiro o Rappi Pay, agora em fevereiro começamos a parceria com a Grin. Todo mês a gente lança uma coisa nova, uma funcionalidade nova. Tem que ficar lá na frente porque se dormir um pouquinho os outros chegam.
MDQD – E como soluções como a Rappi levam a inovação para outros setores da cidade?
André - O mercado vai ter que mudar a partir do que estamos criando. Como já acontece com quem trabalha na Rappi, o emprego vai poder virar uma coisa de resultado. A pessoa vai poder trabalhar menos e ganhar menos ou trabalhar mais e ganhar mais. Ninguém trabalha oito horas por hora. Existe uma lei de trabalho totalmente ultrapassada para a realidade. O nosso motoboy é isso, o cara que abriu uma MEI sozinho. A empresa é dele ele, que trabalha quanto quiser. O que a Rappi faz? Ela vende tempo. Junta dois tipos: os usuários, que cada vez tem mais dinheiro, mas menos tempo, pois o pouco que têm querem usar com lazer, família; e os motoboys, que não têm dinheiro, mas têm tempo. A Rappi atende os dois.