As pessoas não compartilham publicidade ou avisos institucionais nas redes sociais. Elas compartilham conteúdo. E para ser uma marca compartilhável é preciso matar a ideia que "são meus canais e apenas vou informar meus leitores do que está acontecendo na minha empresa". O sucesso mora ao encará-la como uma relação entre amigos, uma relação de troca. E é chato aquele amigo que apenas fala de si. Isto é ser uma marca egocêntrica que não gera relacionamento, menos ainda compartilhamento.
Uma marca que é compartilhável vende mais por dois motivos: ela chega mais longe e quando impacta alguém já tem a chancela daquele que a compartilhou. Pois vivemos a Era da Validação, onde números geram credibilidade sim. Para ter ideia 70% das lojas virtuais não chegam a sobreviver mais de um ano, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico - ABComm. Ou seja: quanto mais conhecida sua marca se tornar, mais chances de prosperar.
Sem contar que a entrega de conteúdo orgânico (sem necessidade de verba de anúncios) no Facebook e Instagram giram em torno de apenas 2%. E é o número de engajamentos, principalmente comentários e compartilhamentos, em torno desta publicação que fará ela chegar em mais pessoas.
Os cinco princípios para sua marca ser compartilhada são: emoção, utilidade pública, reforço de causas e valores, gatilhos mentais e a famosa storytelling. É fato: compartilhamos aquilo que nos importamos, nos identificamos. E o primeiro desafio é que sua marca ou produto consiga provocar um sentimento. Aliás, os profissionais de social media devem ser provocadores de sensações e emoções. Pois é aí que nasce a vontade de compartilhar.
Uma pesquisa realizada pelo New York Times chamada "A psicologia do compartilhamento" mostrou que mais de 90% dos usuários de mídias sociais avaliam a utilidade do conteúdo antes de compartilhá-lo. Sendo assim, ser relevante na web é ajudar o outro dentro de um contexto.
Veja como você pode ajudar o seu cliente com conteúdo em torno dos seus problemas, anseios. Se você é uma instituição financeira, o mínimo que pode fazer é ajudar o seu consumidor com dicas para seu dinheiro render mais. Aqui os formatos que mais viralizam são listas e vídeos!
A bolha nas redes sociais é real. As pessoas preferem se relacionar com pessoas e marcas com posicionamentos parecidos com os seus. E saem na frente as marcas que geram esta conexão / identificação com seus consumidores através de posts que reforçam causas e crenças nas quais defendem.
Uma pesquisa da consultoria Edelman Earned Brand revela que 56% dos brasileiros dizem consumir ou boicotar marcas de acordo com o posicionamento delas diante de questões sociais relevantes. A média nos 14 países pesquisados é de 50%.
Com nossos smarthphones em punho, todos somos produtores de conteúdo. E só precisamos de um motivo para tirar aquela foto ou escrever aquele depoimento sobre determinada empresa. Por favor, MARCA, dê este start para o compartilhamento. Em eventos, por exemplo, as pessoas amam tirar fotos dos crachás com seu nomes. Mas garanto que terá centenas de compartilhamentos se a marca usar do seguinte gatilho: "quem mais compartilhar sobre o evento irá ganhar um prêmio". Você está dando um motivo para a ação, para o compartilhamento.
E não adianta seguir as dicas acima sem frequência de postagem. A sua marca deve construir storytelling: criar a vontade de acompanha-lá.
E isto é conquistado, além de criatividade, com o respeito aos formatos, horários e peculiaridades de cada rede social. E por fim: marcas compartilháveis têm acima de tudo propósitos reais!