O Rio Grande do Sul enfrentou diversos eventos climáticos extremos nos últimos anos. Além da enchente de maio de 2024, os gaúchos precisaram lidar com seguidas e intensas estiagens. Nesse cenário, os agricultores foram extremamente afetados. Durante o evento Marcas de Quem Decide, realizado pelo Jornal do Comércio nesta segunda-feira (24), representantes de entidades e cooperativas agropecuárias premiadas demonstraram preocupações com o cenário econômico do segmento e afirmaram buscar contornar as adversidades em 2025.
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À frente da Cotrijal, premiada como a cooperativa agrícola mais lembrada e preferida pelos gaúchos, Nei Manica disse esperar muitos desafios ao longo do ano, mas ressaltou o enfrentamento das dificuldades. “Vamos seguir buscando alternativas para manter o homem no campo, assim como para continuar crescendo e produzindo alimento, que é o mais importante”, comentou.
À frente da Cotrijal, premiada como a cooperativa agrícola mais lembrada e preferida pelos gaúchos, Nei Manica disse esperar muitos desafios ao longo do ano, mas ressaltou o enfrentamento das dificuldades. “Vamos seguir buscando alternativas para manter o homem no campo, assim como para continuar crescendo e produzindo alimento, que é o mais importante”, comentou.
A Cooperativa Santa Clara, por sua vez, figurou entre as marcas preferidas e lembradas pelos gaúchos na mesma categoria e também celebrou o primeiro lugar no ranking de Produtos Lácteos. O seu presidente, Gelsi Belmiro Thums, conta com um cenário positivo no momento, em que o leite aparece como um dos produtos da agropecuária com preços em alta.
Mesmo assim, ele avalia que o momento traz incertezas: “o leite tem altas e baixas, historicamente vemos picos no preço. É muito incerto e imprevisível”, comenta. Neste cenário, ele acredita que o segredo é manter a calma. “A gente trabalha sempre com cautela e cuidado; jamais fazer projetos ou investimentos que ficariam inviáveis no futuro”, pontua.
Diretamente da Serra Gaúcha, a Vinícola Garibaldi também foi premiada em duas categorias. Além de ser a marca de espumante mais lembrada e preferida pelos gaúchos, conquistou o quinto lugar no segmento de vinhos. Semelhante aos demais produtos que dependem das condições climáticas para sua produção, a cooperativa enfrentou um 2024 de dificuldades.
"A gente veio de um ano muito desafiador, mas que mesmo assim foi positivo para a Garibaldi. Agora, em 2025, recém encerramos uma safra, que foi uma safra normal, dentro da média. E a qualidade dela é muito boa porque o clima foi bastante favorável. A perspectiva para o ano é muito favorável, temos vários lançamentos previstos", avalia o presidente do Conselho de Administração da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Oscar Ló.
Diante das incertezas – climáticas ou econômicas – as cooperativas possuem um importante papel de amparo aos produtores. “O objetivo da cooperativa é desenvolver a economia, a questão social das pessoas, o índice de desenvolvimento humano das comunidades e estar junto na produção de alimentos”, avalia Manica.
Thums, inclusive, relembra a atuação recente em prol do bem comum: “As cooperativas uniram forças, trabalharam muito forte em prol dos cooperados. Elas vivem a comunidade e são também comunidades. As cooperativas são, acima de tudo, famílias. Esse é o diferencial do setor cooperativo”.
Diante das incertezas – climáticas ou econômicas – as cooperativas possuem um importante papel de amparo aos produtores. “O objetivo da cooperativa é desenvolver a economia, a questão social das pessoas, o índice de desenvolvimento humano das comunidades e estar junto na produção de alimentos”, avalia Manica.
Thums, inclusive, relembra a atuação recente em prol do bem comum: “As cooperativas uniram forças, trabalharam muito forte em prol dos cooperados. Elas vivem a comunidade e são também comunidades. As cooperativas são, acima de tudo, famílias. Esse é o diferencial do setor cooperativo”.
O Sistema Ocergs, um dos patrocinadores do evento, ressalta a mesma visão. "Acreditamos que a inovação, aliada ao cooperativismo, é a chave para moldar um futuro sustentável para empresas e comunidades. As cooperativas fazem a diferença no nosso Estado, e o Marcas de Quem Decide confere visibilidade para multiplicarmos esses exemplos de sucesso", avalia o presidente da entidade, Darci Hartmann.

Darci Hartmann apontou a importância da união entre a inovação e o coperativismo
TÂNIA MEINERZ/JC
Lutando contra os desafios e agindo em prol dos cooperados, as três cooperativas celebraram no Teatro da Fiergs o reconhecimento de suas marcas. “Isso nos motiva mais ainda para trabalhar em prol do desenvolvimento do agronegócio do Estado do Rio Grande do Sul e de toda a sociedade”, avalia Manica.
Farsul busca auxiliar agricultores na retomada

Diretor vice-presidente da Farsul, Fábio Avancini Rodrigues destacou a atuação da entidade em cenários de adversidades climáticas
Ivo Gonçalves/Especial/JCAlém das cooperativas, outra entidade que busca auxiliar os produtores rurais é a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). "Nós tivemos três anos de seca, uma enchente, e, este ano, novamente alguma regiões de bastante importância sofreram com a seca. Não vamos ter uma safra normal, e esses problemas já se acumulam há cinco anos", ressaltou o diretor vice-presidente da Farsul, Fábio Avancini Rodrigues.
Diante das adversidades climáticas, a entidade rural premiada — com folga — como a mais lembrada e preferida dos gaúchos têm atuado recorrentemente. "A Farsul trabalha incansavelmente para buscar uma solução para que o produtor rural possa atender todos os compromissos assumidos durante esses cinco anos que, consecutivamente, apresentam problemas de produção. Estamos desde a enchente do ano passado trabalhando para se buscar uma solução a contento para a produção rural gaúcha", acrescenta.