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Publicada em 13 de Abril de 2025 às 19:51

A preferência não sai de moda

O estrategista de marca luta diariamente para transformar o "igual" em "desigual". Quem vende marca, ganha (mais) dinheiro. Quem vende produto, não

O estrategista de marca luta diariamente para transformar o "igual" em "desigual". Quem vende marca, ganha (mais) dinheiro. Quem vende produto, não

CHAT GPT/REPRODUÇÃO/JC
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João Satt Colunista
A capacidade de enfrentar as complexidades da vida com simplicidade, buscando respostas objetivas, é um estágio de desenvolvimento intelectual restrito a muito poucos.
A capacidade de enfrentar as complexidades da vida com simplicidade, buscando respostas objetivas, é um estágio de desenvolvimento intelectual restrito a muito poucos.
No universo empresarial, ser objetivo e resolutivo soa como um prêmio, enfim, uma recompensa pela acumulação de conhecimento e experiência colhida ao longo da travessia da vida. Tudo o que você imaginar pode ser medido pela régua da complexidade, de 0 a 10.
» O primeiro quadrante, de 0 a 5, é a free zone, baixa complexidade: representa o território dos comuns, onde as decisões operacionais prevalecem.
» Já no quadrante superior, de 5 a 10, é onde a inteligência estratégica e emocional faz a diferença.
A chave para atravessar a fronteira dos comuns é tomar consciência de que o coração da complexidade é a simplicidade. Não confunda facilidade com simplicidade. Fazer o fácil está associado a obter algo sem grande dificuldade. O simples segue sendo um angustiante desafio, pressupõe uma longa preparação e consequente carga de aprendizado até atingir a consistência.
Adams Óbvio, do autor Robert Updegraff, é um clássico que narra a trajetória de um homem com o talento especial de ir direto ao ponto, sem planos mirabolantes nem discursos complicados.
O Marcas de Quem Decide tem muito do Mr. Adams Óbvio porque trata de algo valioso no mundo dos negócios: a preferência de compra.
As "janelas de oportunidades" estão em decifrar as necessidades não atendidas das pessoas para transformar pontos de dor em soluções de alto valor. O estrategista de marca luta diariamente para transformar o "igual" em "desigual". Quem vende marca, ganha (mais) dinheiro. Quem vende produto, não.
O amanhecer de 2025 é profundamente nebuloso, acordamos com uma ressaca enorme dos acontecimentos que desidrataram o varejo e a mídia de massa. O desconforto vem de tantas opções que surgiram, seja em forma de modelos novos de negócios, ou até mesmo com a "certeza" que a solução de tudo vem da internet.
Por isso comentei sobre a complexidade e o quanto o conhecimento se torna definitivo nesse mar de opiniões suportadas por argumentos superficiais. O tempo mostrará muitos impérios implodirem, a exemplo do que aconteceu com a Walgreens, mesmo tendo aberto milhares de lojas. Volume de pontos de venda e comunicação não definem a preferência.
Nos seus 27 anos o MDQD merece nosso respeito e admiração pela visão e sensibilidade de ter definido a "preferência de compra" como pauta principal.
 

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