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Publicada em 14 de Abril de 2025 às 02:55

Branding exige coragem,não dashboards

Juliano Hennemann, Sócio-diretor da SPR, Professor no MBA da ESPM e Presidente do SinaproRS

Juliano Hennemann, Sócio-diretor da SPR, Professor no MBA da ESPM e Presidente do SinaproRS

João Ricardo/divulgação/jc
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Juliano Brenner Hennemann
Juliano Brenner Hennemann
O futuro das marcas não será decidido por algoritmos milagrosos ou relatórios cheios de métricas irrelevantes. Ele pertence a quem entende que dados, análises e decisões conscientes são ferramentas para criar marcas mais fortes, e não fins em si mesmos.
No entanto, em um mundo obcecado por inovação, muitos acreditam que a tecnologia substituirá a necessidade de pensamento estratégico - um erro fatal.
As empresas estão inundadas de dados, mas poucas sabem usá-los de forma significativa. Ter mais informação não significa tomar melhores decisões. O que realmente importa são métricas como ESOV, penetração, participação de categoria e lifetime value.
O resto é distração.
Ainda assim, muitos marqueteiros se perdem em modelagens estatísticas sofisticadas e análises preditivas que apenas criam a ilusão de controle, sem impacto real.
Nenhuma grande marca foi construída apenas com tecnologia. Posicionamento claro, criatividade aplicada e consistência são os verdadeiros pilares do branding.
Modelos preditivos e IA podem ser úteis, mas não substituem a coragem e a clareza estratégica. Dados, por si só, não fazem nada - é preciso quem os interprete com inteligência e, mais importante, aja sobre eles.
Enquanto muitos se encantam com a "próxima grande tendência", o futuro das marcas será conquistado por quem domina o presente. Branding não se faz com mais insights ou discursos vazios sobre transformação digital, mas com escolhas estratégicas bem fundamentadas e execução disciplinada.
O mercado precisa de marcas que saibam exatamente quem são, quem querem atingir e que tenham a disciplina de construir essa trajetória com consistência.
No final das contas, não vencerá quem tem mais dados, mas quem tem mais clareza. O futuro do branding não pertence a quem persegue cada nova onda tecnológica, mas a quem sabe fazer o básico de forma extraordinária. Porque, no fim, marcas inesquecíveis não nascem de previsões — mas de decisões corajosas e da consistência para torná-las realidade.
 

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