Paulinho Salerno, presidente da Famurs
Por acreditar que o desenvolvimento do Rio Grande do Sul depende da transformação local, a Famurs tem pautado a agenda de debates dos gestores públicos municipais gaúchos na implementação de programas de inovação e de cidades inteligentes.
Nos municípios, o incentivo à inovação e às smart cities significa implementar estratégias que permitam a construção das cidades do futuro, buscando resultados para o cidadão. Pode ser ensinado a uma criança como abrir uma empresa. Pode ser um aluno aprendendo a plantar alimentos orgânicos e colaborando com a economia local. Pode ser uma faixa de segurança na rua com sinal sonoro que promova inclusão.
Mas fomentar a cultura da inovação não é algo a se fazer sozinho. Precisa envolver lideranças, universidades, setores públicos e privados em torno de novos projetos, estabelecendo hubs de inovação nos municípios. Segundo dados da Firjan, as empresas criativas produziram mais de R$ 9,7 bilhões em 2020 no RS. Há muito potencial a crescer na atração de investimentos e novos negócios para os municípios.
Para isso, nós prefeitos e prefeitas e nossas equipes, precisamos entender que somos protagonistas dos projetos de desenvolvimento econômico e social, já que estamos mais próximos do cidadão, usuário do serviço público e dos setores que formam a tríplice hélice.
Nessa direção, no último ano, assinamos diversos termos de cooperação, inclusive no exterior, para estimular uma visão transformadora nas prefeituras gaúchas. Para preparar as cidades para o futuro, participamos da criação da Rede Brasil de Inovação e Cidades Inteligentes.
Em suma, promover cidades como ecossistemas de inovação, empreendedorismo e tecnologia, e fomentar novos negócios e a formação de mão de obra qualificada para o conhecimento aplicado, é impreterível para melhorar a economia local, além de tratar-se de uma estratégia que se alinha com a principal pauta do municipalismo, que é a luta pela autonomia dos municípios. Queremos transformar o modelo de desenvolvimento no RS.