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Publicada em 08 de Outubro de 2024 às 17:09

Litoral Sul do RS garante estoque de resinas para a indústria

Goma resina é extraída de plantações de pinus, como o cultivo da Âmbar Florestal em São José do Norte, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar

Goma resina é extraída de plantações de pinus, como o cultivo da Âmbar Florestal em São José do Norte, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar

Âmbar FLorestal/Divulgação/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Entre os municípios do Litoral Sul e Médio do Estado está um importante estoque de matéria-prima para produções industriais no Brasil e no exterior, que vão desde colas, passando por tintas e vernizes, até gomas de mascar e perfumes. Trata-se da goma resina, extraída das plantações de pinus que há 60 anos formam parte da paisagem da região e, hoje, entre janeiro e julho deste ano, respondem por US$ 16,5 milhões em exportações de São José do Norte, Tavares e Rio Grande.
Entre os municípios do Litoral Sul e Médio do Estado está um importante estoque de matéria-prima para produções industriais no Brasil e no exterior, que vão desde colas, passando por tintas e vernizes, até gomas de mascar e perfumes. Trata-se da goma resina, extraída das plantações de pinus que há 60 anos formam parte da paisagem da região e, hoje, entre janeiro e julho deste ano, respondem por US$ 16,5 milhões em exportações de São José do Norte, Tavares e Rio Grande.
"O clima no litoral potencializa a produção de resinas a partir dos Pinus Elliottii, que começaram a ser plantados nessa região a partir da década de 1960. O potencial para a produção de toras, por exemplo, era limitado pelas dificuldades logísticas da região, então, a extração de resina virou uma alternativa viável e deu início a um setor produtivo hoje fundamental nesses municípios, que têm os minifúndios como uma característica e muitas pessoas para trabalhar, como exige esse tipo de produção", conta o diretor da Âmbar Florestal, Paulo César Azevedo.
A empresa, que faz parte do Grupo Flopal, um dos pioneiros da produção florestal no litoral, hoje responde por um terço da produção de resinas gaúcha. O Rio Grande do Sul extrai em torno de 60 mil toneladas de goma-resina por ano e, entre os municípios da costa, no Sul do Estado, são pelo menos quatro empresas operando.
No caso da Âmbar, o plantio próprio é feito em São José do Norte, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, e ainda há a compra do material extraído por pequenos produtores de Tavares. Ao todo, são 22 mil toneladas por ano – 13 mil em produção própria – e a mobilização de mil pessoas durante o processo produtivo. Somente entre os plantios ligados a esta empresa, são 4 milhões de árvores na região.
"Toda a nossa produção atualmente é exportada a um parceiro de Portugal. Os portugueses fizeram parte do começo da atividade resineira no nosso litoral, na década de 1970, e no final dos anos 1990, foi intensificado em São José do Norte e Tavares, com o amadurecimento daquelas florestas plantadas 30 anos antes", diz Azevedo.
Em São José do Norte, inclusive, está a terceira maior área plantada de florestas no Rio Grande do Sul. Dali, a Âmbar exporta o produto básico para a indústria. No entanto, em Rio Grande há uma planta para o processamento da resina, que gera produtos como breu e terebintina, operada pelo Grupo RB, que é o maior fabricantes destes derivados no Brasil, com capacidade para processar – incluindo 15 fábricas também nos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais – 85 mil toneladas de goma resina por ano.

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