O índice de reaproveitamento dos resíduos passa agora por um período crítico em Minas do Leão. É para lá que começaram a ser destinadas, desde o final de agosto, a maior parte das estimadas 800 mil toneladas de resíduos das enchentes da Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com o diretor-presidente da CRVR, Leomyr Girondi, desde o início dessas operações emergenciais, que já haviam começado com os materiais de cidades do Vale do Taquari, o fluxo de recebimento no aterro aumentou em 50% a cada dia.
O índice de reaproveitamento dos resíduos passa agora por um período crítico em Minas do Leão. É para lá que começaram a ser destinadas, desde o final de agosto, a maior parte das estimadas 800 mil toneladas de resíduos das enchentes da Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com o diretor-presidente da CRVR, Leomyr Girondi, desde o início dessas operações emergenciais, que já haviam começado com os materiais de cidades do Vale do Taquari, o fluxo de recebimento no aterro aumentou em 50% a cada dia.
"Temos observado um aumento médio de 3 mil toneladas de resíduos por dia, por isso, estamos operando 24 horas por dia. É um momento emergencial, que exige resposta rápida. No segundo momento, vamos planejar a destinação, com economia circular e demanda de mercado, adequada a cada tipo de material. Madeiras, por exemplo, podem ser trituradas e alimentarem caldeiras industriais", exemplifica o diretor.
Antes disso, porém, a CRVR criou áreas impermeabilizadas específicas para o recebimento dos resíduos das cheias, sem prejudicar as operações que hoje geram gás e produção de energia térmica. Um estudo de gravimetria foi contratado para determinar e selecionar as características do material que chega até ali. "São características bem diversas. No Vale do Taquari, por exemplo, há muito material de construção, arrastado pelo rio. Na Metropolitana, há muitos móveis, madeira, roupas e, claro, material orgânico, pela forma como foi a cheia", explica.
E se ainda não é possível garantir a neutralização do carbono gerado pela nova demanda, o tratamento iniciado agora já representa um avanço na sustentabilidade. A estimativa da Fepam é de que os locais provisórios onde foram depositados os resíduos causaram danos ambientais e sanitários em 72 áreas no Estado. O know how da empresa de Minas do Leão também tem sido usado para encontrar soluções a esses lugares.