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Reconstrução do RS movimenta o polo moveleiro da Serra Gaúcha
Levantamento do setor aponta que há, pelo menos, mil vagas de trabalho disponíveis nas indústrias da região
No momento da retomada da economia gaúcha após as cheias de maio, com a necessidade de reconstrução, o polo moveleiro que tem as regiões de Bento Gonçalves e do Vale do Caí como os pontos mais importantes da produção gaúcha, assume um papel fundamental. De acordo com o presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul (Movergs), Euclides Longhi, já entre o final de maio e início de junho, o setor registrou os primeiros sinais de aquecimento. Houve crescimento de 19,2% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.
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Soprano manteve plano de investimentos e quer faturar R$ 1 bilhão em 2024a
A produção de móveis não é a única da região a ter protagonismo neste momento. Com plantas industriais em Farroupilha, onde surgiu, e em Caxias do Sul, a empresa dos setores de casa e construção, Soprano, manteve seu plano de investir R$ 36 milhões este ano com a preparação do seu parque fabril para ampliar a produção e atender ao mercado. A estimativa, no começo do ano, era chegar a R$ 1 bilhão de faturamento em 2024, com um crescimento de 12% em relação a 2023. Agora, a empresa já considera chegar aos 20% de crescimento.
"Vislumbramos um maio complexo, com a tragédia no Estado, mas o resultado ficou muito perto do previsto, e em julho, já entramos com muitos pedidos para sistemas de proteção elétrica. Essa demanda mais básica tende agora a aumentar, e teremos um leve aumento na produção. Estamos inclusive considerando a possibilidade de um crescimento no segundo semestre acima do previsto", diz o CEO da Soprano, Danny Siekerski.
A estimativa é de que, nestes meses após a tragédia, as empresas do setor, que têm na Serra um polo importante de produção, sejam demandadas para itens como disjuntores, tomadas e interruptores. No segundo momento, acredita Siekerski, a procura maior deve se concentrar em fechaduras, dobradiças e chaves.
"Somos muito atuantes neste segmento, e estamos muito bem posicionados no mercado, especialmente no Rio Grande do Sul. Faz parte da nossa prioridade, de tratarmos a nossa casa, que é o Rio Grande, com muito carinho", aponta.
Em torno de 15% do faturamento da empresa concentra-se no Rio Grande do Sul. Nos próximos meses, para dar conta da demanda pela reconstrução, a empresa, que tem 1 mil funcionários, deve fazer algumas contratações.
Quem também já vinha se preparando desde o começo do ano para um aquecimento no setor de construção e mobiliário era a Intral, que tem duas fábricas em Caxias do Sul. Com um investimento de R$ 100 milhões até 2025, a empresa já previa a implantação de um terceiro turno de produção, saltando de 400 para 600 funcionários, e chegando à capacidade de 675 mil peças produzidas por ano ainda em 2024. Até o final do plano de investimentos, a perspectiva é chegar a 1,5 milhão de peças anuais, entre luminárias, lâmpadas e drivers.
O polo moveleiro da Serra
_ São 300 indústrias moveleiras entre Bento Gonçalves, Pinto Bandeira e Santa Tereza, no maior polo moveleiro gaúcho. Também há destaque para indústrias do setor no Vale do Caí.
_ Destacam-se neste setor: Bento Gonçalves, Flores da Cunha, Garibaldi, São Marcos, Caxias do Sul, Gramado, Tupandi, Bom Princípio, Monte Belo do Sul
Fonte: Movergs
_ Destacam-se neste setor: Bento Gonçalves, Flores da Cunha, Garibaldi, São Marcos, Caxias do Sul, Gramado, Tupandi, Bom Princípio, Monte Belo do Sul
Fonte: Movergs