Depois de ter garantido, em 2023, 17% dos seus produtos engarrafados em garrafas de baixo volume de vidro, e estabelecer uma meta de chegar a 50% até 2025, a vinícola Salton, em parceria com a UCS, mensurou, pelo quarto ano consecutivo as suas emissões de gases do efeito estufa, e já registrou uma redução de 34% na pegada de carbono das suas operações entre 2021 e 2023.
Depois de ter garantido, em 2023, 17% dos seus produtos engarrafados em garrafas de baixo volume de vidro, e estabelecer uma meta de chegar a 50% até 2025, a vinícola Salton, em parceria com a UCS, mensurou, pelo quarto ano consecutivo as suas emissões de gases do efeito estufa, e já registrou uma redução de 34% na pegada de carbono das suas operações entre 2021 e 2023.
Um inventário inédito no
setor vitivinícola foi publicado recentemente, considerando as quatro unidades da Salton e, de acordo com a empresa, o próximo passo será calcular os impactos em emissões após a venda dos vinhos e espumantes.
Ações mais sustentáveis no campo, e principalmente nas áreas urbanas, entram na pauta do planejamento de cidades mais resilientes diante da constatação de que eventos climáticos extremos, provocados pelas mudanças climáticas, tendem a ser mais frequentes e potentes.
“Um grande tema em discussão é como estamos usando o solo em regiões como a Serra. Na área rural, há até mesmo a identidade cultural em relação às encostas. Na zona urbana, a densidade demográfica, também neste terreno – Caxias do Sul tem registrado aumento populacional acima do restante da região –, é um fator de risco a ser avaliado. Há uma tendência à cada vez maior concentração de pessoas nos espaços urbanos nessa região, e isso exigirá resiliência. A partir da crise exposta com os eventos de maio, é preciso preparação desses territórios, com planejamento. As cidades precisam saber para onde andar e investir para garantir uma resiliência social e econômica”, explica a pesquisadora Ana Cristina Fachinelli, que coordena o City Living Lab, da UCS.
Entre as ações deste grupo, está o programa Cidades Resilientes que, logo após a tragédia climática de maio, a partir de contratos com as prefeituras de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Santa Tereza, iniciou trabalhos de mapeamento dos indicadores de resiliência nestes municípios. O resultado, explica Ana Cristina, servirá como balizador para ações de planejamento urbano na região.
A partir dos laboratórios da universidade, já vinham sendo desenvolvidas tecnologias com o uso da internet das coisas para cidades mais resilientes. É o caso do monitoramento, com antenas e sensores instalados em seis cidades da região – São Francisco de Paula, Gramado, Canela, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Flores da Cunha –, que já está em operação.
"Vínhamos trabalhando no desenvolvimento dessa tecnologia que, a partir dos dados coletados nessas cidades em tempo real, consegue apurar informações como luminosidade, ruídos, partículas no ar e concentração de CO2 no ambiente. A partir dos eventos de maio, agora estamos avaliando avançar neste sistema como forma de antecipar e mitigar possíveis efeitos de desastres naturais. Os sensores podem ser mais complexos, mas não são suficientes por si só. São ferramentas de tecnologia que servem para amparar ações e planejamento por parte dos agentes locais de maneira contínua", diz a pesquisadora.