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Lideranças da Serra apontam caminhos para a retomada econômica do RS
Desafios e oportunidades de desenvolvimento econômico foram tema de debate na CIC de Bento Gonçalves
Por Bárbara Lima
e Eduardo Torres, de Bento Gonçalves
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e Eduardo Torres, de Bento Gonçalves
Mais de 200 lidernaças regionais participaram do painel do Mapa Econômico do RS em Bento Gonçalves, para debater desafios para a retomada econômica do RS e oportunidades de desenvolvimento econômico, pensando as regiões da Serra Gaúcha, Campos de Cima da Serra, Hortênsias, Vales do Paranhana e do Caí. Confiram as contribuições de alguns participantes:
"Neste momento de crise, estamos criando oportunidades com inovação. É o caso do agriturismo, que é diferente do agroturismo e do enoturismo, e é uma alternativa para famílias de agricultores de 10 municípios da região receberem turistas nas suas propriedades para uma imersão na cultura dos imigrantes italianos. Criamos a Rota dos Capitéis como uma oportunidade de valorizar essas famílias e apontar uma alternativa de recuperação econômica."
Marijane Paese, presidente do Centro de Inovação de Bento Gonçalves (Inova Bento)
"Estamos trabalhando muito forte neste momento pela melhoria na infraestrutura, que dê condições para o desenvolvimento das nossas empresas, não isoladamente, mas de maneira regional, para que todos se fortaleçam."
Luiz Carrer, diretor-executivo da Câmara de Indústria e Comércio (CIC) Garibaldi
"Temos uma oportunidade de nos reinventarmos, com a melhoria em todos os processos, mais adaptada a nova realidade do nosso Estado. E ouvirmos quem está no dia a dia dessa mudança tem muito mais valor. Os fatos e vivências valem muito mais do que discursos neste momento”.
Ivonei Pioner, presidente da Federação Varejista RS
"O que vemos neste momento da economia gaúcha é a oportunidade para aproveitar os novos espaços que surgem no mercado. Muita gente, infelizmente, saiu do mercado com essa crise, mas empreender é uma marca do gaúcho, e o empreendedorismo, especialmente no Interior, e aqui na Serra, sempre encontra o seu espaço."
Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas)
"O maior desafio neste momento é garantirmos um trabalho conjunto, entre todos os setores econômicos, para garantir dignidade econômica às empresas. Este debate nos dará um norte, com dados fidedignos do que está acontecendo no Estado. Na nossa empresa, temos tentado fazer desse limão, uma limonada. Há sempre uma oportunidade para ampliar os negócios durante a crise."
José Mário Cancian, gerente comercial da Suvalan
"O nosso hub moveleiro é muito diversificado, e isso nos garante uma oportunidade muito importante neste momento de reconstrução do Estado. Somos um fator diferencial nessa crise. Agora, precisamos ampliar os horizontes, e termos uma visão panorâmica de todo o cenário econômico da região e do Estado, é importante para avançarmos."
Diana Costa, gerente comercial da Motiva Indústria de Móveis
"A reconstrução do Rio Grande do Sul é uma grande oportunidade para sairmos mais fortalecidos, com a diversidade econômica e industrial que temos em Bento Gonçalves. É o momento de todos colaborarem com isso, consumindo os produtos gaúchos e estimulando novos negócios aqui."
Marcos Carbone, presidente da CDL Bento Gonçalves
"A crise de maio nos fez, primeiro, aumentarmos os esforços de melhoria na infraestrutura para o acesso ao Vale dos Vinhedos. Depois, unidos, conseguimos adaptar o nosso foco para o turista local, gaúcho, e isso tem garantido a nossa retomada. Temos agora o desafio futuro de garantir melhor infraestrutura para toda a região, que garanta o retorno de todos os turistas."
Ronaldo Zorzi, presidente da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale)
"A crise é uma oportunidade para os entes público e privado unirem-se pela reconstrução do Rio Grande do Sul. E em momentos em que há este entendimento, como temos visto, surgem recursos e chances para novos negócios."
Gustavo Rech, gerente regional do Sebrae
"Eu acho que a principal dificuldade vai ser a mão de obra. A Serra tem uma demanda alta de mão de obra qualificada e não é fácil de competir com outras regiões, porque o custo de vida é um pouco mais alto. Temos que achar meios de tornar a região mais atraente."
Guilherme Lovera, diretor comercial da Rexfort
"Dentro do nosso segmento estamos enfrentando desafios. Temos alguns entraves quanto ao fornecimento de material, matéria-prima e, além disso, nossos clientes também estão passando por dificuldades. Precisamos de ações mais enérgicas."
Airton Capoani, presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Simplavi)
"Precisamos voltar a ter ânimo. A economia sempre foi forte aqui, não podemos esmorecer. Temos que continuar produzindo. O setor está mais calmo, quando tiver a demanda, ele volta a aquecer."
Diogo Rubbo, inspetor do Crea em Bento Gonçalves
"Os desafios são mão de obra, estrada, aeroportos. Para quem exporta, conseguir frete é muito difícil. O valor acrescido aos serviços por conta desses problemas é significativo. Nós tivemos peças trancadas nos aeroportos por meses em decorrência das enchentes. Agora que estamos voltando à normalidade. Esperamos que até o final do ano a situação esteja melhor."
Gladis Carmem Milani Stringhini, proprietária da Zegla Indústria de Máquinas para Bebidas
"A oportunidade no momento é mostrarmos que a nossa região é um polo atrativo para quem quer trabalhar e crescer. A nossa indústria, especialmente, retomou e é exuberante. Temos uma oferta de vagas, por exemplo, muito grande. Hoje, somente em Bento Gonçalves, são 460 vagas abertas. Existem muitas oportunidades, e um debate como este é muito importante para entendermos e mostrarmos onde estão esses espaços."
Vanderlei Mesquita, coordenador do FGTAS/Sine Bento Gonçalves
"O potencial da Serra está sempre vinculado ao esforço coletivo, à mobilização coletiva industrial e comercial. Isso ajuda na reconstrução. O desafio no setor industrial é o impacto na produtividade, porque mesmo que a região não tenha sido afetada diretamente, os fornecedores foram."
Silvana Macari Sacilotto, gerente de operações do Sesi
"Os desafios são logísticos em função das estradas e do aeroporto. Mas a economia está se recuperando, ainda que de forma mais lenta do que a gente esperava. O setor da construção civil ficou parado durante as chuvas, mas estamos retomando, principalmente com apoio das prefeituras."
Paula Reginato, sócia-gerente da Concresul Britagem
"A maior preocupação é a retomada das estradas e também o suporte a empresas e agricultores que foram atingidos, principalmente em relação ao sustento e queda do faturamento."
Marcelo Luis Bettoni, gerente de agência Sicredi Bento Gonçalves
"O principal desafio é a questão do acesso a cidades da Serra. Nós, que temos a veia turística, fomos muito afetados pela falta do Aeroporto Salgado Filho. Mas como grandes legados ficam resiliência e os valores que conseguimos resgatar. Somos uma população que tem o trabalho e a união como princípios."
Márcio Possamai, secretário-geral de Governo de Bento Gonçalves
"O momento é oportuno para o Rio Grande do Sul se reposicionar com uma nova forma de estruturação. E para isso, é importante termos a visão macro das coisas, e como cada setor está reagindo na retomada."
José Carlos Cervieri, vice-presidente da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul
"O primeiro ponto, neste cenário de crise, é mapearmos os problemas e encontrarmos as oportunidades em cada setor ou empresa. Soluções ou busca de recursos dependem de um bom planejamento, a partir deste diagnóstico. Um debate como este traz para todos a realidade e, a partir daqui, será possível buscarmos soluções para a região."
Rafael Liebert, consultor executivo da Consultoria e Educação Empresarial (CEDEM) da Fundação Dom Cabral
"São altos e baixos. Na minha atividade, temos movimento em alguns meses, em outros não. A gente vê acenos do governo, mas a ajuda está demorando. Estamos recuperando por conta própria, com ativo privado."
Rodrigo Tonello Rizzardo, diretor administrativo da Pro Marmo
"O desafio é logístico, principalmente em função das estradas. A oportunidade é o retorno do turismo, que está voltando gradualmente. Tenho amigos que têm restaurantes e bares. Eles comentam que a situação está normalizando."
Felipe Girotto, coordenador de Trade Marketing da Tramontina