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Publicada em 20 de Agosto de 2024 às 15:02

Malharia de Farroupilha busca inspiração em Milão para avançar em tecnologia

Biamar, de Farroupilha, aposta na digitalização da produção

Biamar, de Farroupilha, aposta na digitalização da produção

Biamar/Divulgação/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Em busca de maquinário mais moderno, para a maior digitalização da produção e aplicação de recursos como inteligência artificial, os diretores da Biamar, de Farroupilha, estiveram em Milão, na Itália, no começo deste mês. Desde 2022, a empresa que fica no coração do polo das malharias, entre Farroupilha e Nova Petrópolis, investe na ampliação do seu complexo fabril, em um novo prédio na cidade.
Em busca de maquinário mais moderno, para a maior digitalização da produção e aplicação de recursos como inteligência artificial, os diretores da Biamar, de Farroupilha, estiveram em Milão, na Itália, no começo deste mês. Desde 2022, a empresa que fica no coração do polo das malharias, entre Farroupilha e Nova Petrópolis, investe na ampliação do seu complexo fabril, em um novo prédio na cidade.
"Fomos à Itália em busca de tecnologia de ponta para essa atualização da malharia retilínea, em que somos uma referência na região. Hoje, desenvolvemos desde o conceito e o design das coleções em Farroupilha. Com a aplicação dos produtos em 3D, e a partir daí, movimentamos a tecelagem. Diferente daquela visão mais antiga que se tem das tecelagens, hoje esse processo é muito moderno e exige mão de obra também renovada. Um tecelão, hoje, controla 10 máquinas na Biamar", explica a gerente de Comunicação e Criatividade da empresa, Suélen Biazolli.
Ela faz parte da segunda geração da empresa criada pela mãe e pelo tio há 38 anos. Inicialmente, a Biamar produzia peças infantis, e foi uma das diversas empresas do setor surgidas em meio à crise do setor calçadista na Serra. Hoje, conforme o Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharias, Vestuário, Calçados e Acessórios da Serra Gaúcha (Fitemavest), são 533 indústrias do setor na região, que gera até 26 mil empregos diretos e indiretos.
"Com o passar do tempo, ficamos muito conhecidos pela qualidade do tricô. Após a pandemia, retomamos a nossa confecção, e estamos em constante crescimento", conta Suélen.
Hoje, toda a produção da empresa de Farroupilha é feita a partir de energia limpa, especialmente solar. E como a produção é retilínea e com peças prontas, não há cortes e não há geração de resíduos na produção.
Somente neste ano, a empresa investe R$ 5 milhões na finalização do seu novo parque industrial, onde são empregadas 400 pessoas. Todas moradoras de Farroupilha.

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