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Norte gaúcho pode ser decisivo para a retomada econômica do RS
Região em franco crescimento é o tema do primeiro capítulo da nova temporada do projeto Mapa Econômico do RS
Por Guilherme Kolling
O projeto Mapa Econômico do Rio Grande do Sul entra na segunda temporada com novos desafios. Além da difícil tarefa de fazer uma radiografia da diversidade da atividade econômica gaúcha, outros fatores serão considerados com mais atenção neste levantamento.
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O projeto Mapa Econômico do Rio Grande do Sul entra na segunda temporada com novos desafios. Além da difícil tarefa de fazer uma radiografia da diversidade da atividade econômica gaúcha, outros fatores serão considerados com mais atenção neste levantamento.
O tema ambiental já estava no foco, considerando que buscamos retratar uma economia em transformação, em que um dos pilares dessa mudança é a busca por sustentabilidade. Agora, pode-se dizer que a questão ganha ainda mais atenção após a tragédia climática que atingiu o Estado.
Assim, dois eixos estarão em destaque nos cinco capítulos do Mapa Econômico 2024:
Assim, dois eixos estarão em destaque nos cinco capítulos do Mapa Econômico 2024:
1) oportunidades de desenvolvimento em uma economia que se transforma em busca de mais sustentabilidade;
2) desafios para a retomada econômica do Rio Grande do Sul após as enchentes de maio.
O primeiro conteúdo especial do Mapa Econômico neste ano aborda a parte Norte do Rio Grande do Sul. Das 28 microrregiões do Estado denominadas Coredes (Conselhos Regionais de Desenvolvimento), de acordo com organização da Secretaria Estadual do Planejamento estabelecida há 30 anos, agrupamos 11 Coredes da Região Norte.
Essa parte setentrional do Rio Grande do Sul tem a peculiaridade de ter um número maior de municípios com populações e áreas menores. Mas a soma dessas localidades forma uma potência econômica. São 221 cidades que, juntas, já representam o segundo PIB regional do Rio Grande do Sul, atrás apenas da área liderada pela Região Metropolitana.
O Norte é uma parte do Estado que foi menos atingida do que outras regiões pelas cheias deste ano. Se já despontava como região gaúcha em franco crescimento – os dados mais recentes do PIB que estão disponíveis, de 2020 e 2021, mostram esse movimento –, agora dará sequência a esse desenvolvimento e de uma forma que poderá ser decisiva na retomada econômica do RS.
Para além da solidariedade que marcou os dias mais difíceis das enchentes, em que caravanas do Norte gaúcho se deslocaram até outras regiões para auxiliar os atingidos pelas cheias, essa parte do Estado pode também alavancar a retomada econômica, a começar pelo agronegócio.
Além de estar à frente de novos projetos que enfrentam desafios históricos, como a irrigação das lavouras, também é palco de evoluções na agricultura de precisão e no manejo que poderão servir para enfrentar novas adversidades, como os efeitos das chuvas no solo agrícola gaúcho.
São diversas reportagens, nesta primeira edição do Mapa em 2024, que mostram iniciativas voltadas ao meio ambiente na Região Norte, e incluem até mesmo indicadores de emissões atmosféricas, uma novidade no Mapa Econômico deste ano.
Há espaço ainda para retratar a força da indústria da região e seu polo metalmecânico, além de empreendimentos voltados à produção de biocombustíveis e a produção de energia por fontes renováveis.
Mais uma vez, o trabalho mostra a importância da visão local sobre o desenvolvimento do Estado, considerando a riqueza e a diversidade da economia. E, de novo, isso se mostra uma tarefa ambiciosa. Mas nos propusemos a enfrentar esse desafio porque está em linha com o trabalho do Jornal do Comércio, o diário de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
De certa forma, esse Mapa Econômico do RS pode servir de metáfora ao nosso trabalho cotidiano. Ao publicar matérias sobre novos negócios e empreendimentos diariamente, o JC está fazendo um raio-X da economia gaúcha a cada edição.
Paralelamente, vai publicando conteúdos especiais sobre diferentes setores da economia gaúcha, aprofundando temas e revelando tendências.
No Mapa Econômico, esse trabalho constante, de formiguinha, é feito no levantamento de informações de órgãos públicos, relatórios de governos, estudos de entidades empresariais, além de centenas de entrevistas.
Paralelamente, até o fim deste ano, estamos realizando cinco encontros regionais para ouvir as lideranças locais do Rio Grande do Sul dos mais diferentes setores. Todo esse acúmulo de informações é analisado e publicado em cinco especiais, um para cada região, em que buscamos trazer indicadores da economia do Rio Grande do Sul. O caráter de formulação está em apresentar informações novas ao grande público, permitindo pensar e projetar o desenvolvimento econômico do Estado.
Isso é possível através de um trabalho de jornalismo de dados, em que juntamos e analisamos informações, em alguns casos publicadas ao longo do tempo isoladamente. A partir dessa "visão da floresta", de conjunto dos dados, conseguimos trazer esse panorama de cada região.
Dados são estratégicos para nortear decisões e saber onde estamos e para onde vamos. É o objetivo desse projeto Mapa Econômico do Rio Grande do Sul: trazer novos indicadores, tão importantes para uma visão de futuro. Identificar oportunidades e ver os desafios.
De novo, dividimos o Rio Grande do Sul em cinco grandes regiões, conforme semelhanças e proximidade geográfica. Desta vez, começamos pelo Norte, menos atingido pelas cheias, seguindo depois para Serra, Região Sul, parte Central, fechando na Região Metropolitana.
Também estamos visitando novas cidades, a fim de ter mais pluralidade de visões. Se, em 2023, estivemos em Passo Fundo, desta vez o evento da Região Norte ocorreu em Erechim, no dia 18 de julho, com a participação de mais de uma centena de lideranças.
O mesmo vale para outras regiões – na Serra, estivemos em Caxias do Sul em 2023, neste ano o evento será em Bento Gonçalves no dia 15 de agosto.
Na Região Sul, fomos a Pelotas no ano passado, em 2024 o evento será em Rio Grande. A sequência até o fim do ano ainda prevê painéis em Santa Maria e Porto Alegre.
Acompanhe!