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Mapa atualiza oportunidades de desenvolvimento da Região Norte do RS
Mapeamento da atividade econômica mostra iniciativas que já são realidade e oportunidades de desenvolvimento para o RS
Por Eduardo Torres
Conheça 17 iniciativas que já se destacam entre as atividades econômicas ou têm projetos com potencial de alavancar o desenvolvimento dessa parte do Rio Grande do Sul. A busca pela sustentabilidade abre novas oportunidades, como a produção de biocombustíveis em um cenário de descarbonização da economia. Nesse contexto, por exemplo, uma nova variedade de trigo aparece como matéria-prima do etanol.
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Conheça 17 iniciativas que já se destacam entre as atividades econômicas ou têm projetos com potencial de alavancar o desenvolvimento dessa parte do Rio Grande do Sul. A busca pela sustentabilidade abre novas oportunidades, como a produção de biocombustíveis em um cenário de descarbonização da economia. Nesse contexto, por exemplo, uma nova variedade de trigo aparece como matéria-prima do etanol.
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1. A precisão a favor da soja, trigo e milho
Berço histórico do plantio da soja no Rio Grande do Sul, a Região Norte foi a menos afetada pelas cheias de maio, e colheu uma safra positiva neste ano. Os investimentos em agricultura de precisão, irrigação e pesquisa apontam para um futuro de maior produtividade com mais sustentabilidade para o grão. A precisão também é aplicada às culturas de trigo e milho.
2. A aveia e os novos cereais
A produção de aveia branca, destinada à alimentação, além da aveia usada como planta forrageira, tem se mostrado um cereal com alto potencial de rentabilidade no inverno aos produtores rurais da região, e o seu cultivo tem sido desenvolvido pelas universidades e instituições de fomento ao agro, além do desenvolvimento de indústrias especializadas, com ganhos no valor da produção. Também ganham espaço na região outros cereais como a linhaça, a cevada, o triticale, a canola e o centeio. O nabo, por sua vez, colocou Giruá entre os 100 maiores exportadores do Rio Grande do Sul no primeiro semestre.
3. O avanço da irrigação
O investimento em irrigação tem avançado na região e garantido maior produtividade e segurança à produção rural. Conforme o governo estadual, as regiões das Missões, Norte e Produção estão entre as que mais acessaram os recursos disponibilizados pelos programas públicos. No caso da soja, as áreas irrigadas, em 2022, tiveram índices de até 66% maior produtividade, e no caso do milho, a produção no mesmo ano foi 2,5 vezes maior em propriedades com irrigação.
4. O caminho do etanol e do biodiesel
Com investimentos previstos de quase R$ 2 bilhões nos próximos dois anos, a Be8 e a FZ Bioenergia colocarão o Norte do Rio Grande do Sul no mapa da produção de etanol a partir de grãos, que vão do trigo aos cereais de inverno, e também incluem o milho, de cultivo no verão, em sua lista de matérias-primas. Paralelamente, a produção de biodiesel a partir de soja e de matéria-prima de origem animal segue em alta.
5. Do Campus ao campo
Os investimentos em tecnologia e pesquisa das universidades e instituições, como a Embrapa na região, têm garantido o desenvolvimento de novos cultivares adaptados à realidade do Norte gaúcho e fornecido aos produtores maior segurança em seus investimentos. O desenvolvimento vai de laboratórios em centros tecnológicos até campos experimentais.
6. A tecnologia das máquinas agrícolas
A região concentra o berço da fabricação de máquinas agrícolas no Rio Grande do Sul. Desde equipamentos de precisão até máquinas de grande porte. Em todas as principais fabricantes, o investimento em novas tecnologias para adaptar seus produtos, por exemplo, à nova realidade das mudanças climáticas no agro tem sido crescente. E, mesmo em um ano de negócios esfriando, com Santa Rosa, Horizontina e Não-Me-Toque registrando queda nas exportações em 2024, o setor ainda sustenta as economias locais.
7. O terceiro maior polo metalmecânico do rs
A força da indústria metalmecânica do Norte do Rio Grande do Sul será fundamental na retomada da economia do Estado após a tragédia de maio. Desde equipamentos e materiais para a construção civil, inclusive para exportação, até o protagonismo no pós-colheita e nos transportes, a indústria da região é consolidada e se apresenta como alternativa até mesmo para a absorção de mão de obra das regiões mais afetadas pela cheia.
8. A força do cooperativismo
Berço do cooperativismo gaúcho, a região concentra algumas das principais organizações do setor, tanto na organização rural do agro quanto na infraestrutura. E elas têm sido protagonistas na economia local. Desde as grandes feiras agropecuárias até o avanço da agricultura de precisão, mesmo nas menores propriedades. E, em relação à infraestrutura, garantindo, por exemplo, maior segurança no fornecimento de energia elétrica para esta nova estrutura da produção rural.
9. Novos produtores de fertilizantes
Entre os investimentos que ganham fôlego na região pensando na pré-safra, há destaque para as inovações que surgem na produção de fertilizantes. São os casos da Agrodanieli, em Tapejara, que criou o seu próprio produto organomineral, tendo como base matéria orgânica de frangos, e da Begreen, que produzirá o chamado fertilizante verde, a partir de nitrogênio e hidrogênio verdes. Ao todo, serão três plantas industriais, absorvendo mais de R$ 500 milhões em investimentos para a região.
10. O potencial das laranjas do Norte
Na Região Norte, especificamente no Alto Uruguai, encontram-se os pomares de laranjas de maior potencial para a produção de sucos no Rio Grande do Sul. São pelo menos 5 mil hectares da fruta na região. Atualmente, no entanto, entre seis fábricas de sucos gaúchas, somente uma está instalada neste ponto do Estado. O potencial, com destino à exportação do produto, atraiu mais uma empresa, com investimento inicial de R$ 20 milhões.
11. Onde a erva-mate tem a força da indústria
O plantio da erva-mate surgiu no Rio Grande do Sul a partir das Missões, que mantém parte desta tradição no plantio, com menor relevância do que outras. No entanto, entre as regiões Missões, Celeiro, Norte e Nordeste estão 152 das 206 ervateiras ativas no Estado.
12. A maior produção leiteira e suína do RS
O Rio Grande do Sul é o terceiro maior estado exportador de leite do Brasil, e o Noroeste gaúcho concentra a maior bacia leiteira do Estado. Em 2022, o Estado contava com 1,07 milhão de bovinos leiteiros. Com os efeitos devastadores das cheias na faixa central do Estado, a importância do rebanho no recorte mais ao Norte do Rio Grande do Sul é ainda maior. O mesmo acontece em relação à suinocultura. O Rio Grande do Sul é o segundo maior exportador, e a maior produção concentra-se no Norte. Em ambas as produções, há ações e desenvolvimento para garantir maior sustentabilidade e redução de dejetos e emissões nas propriedades gaúchas.
13. Produção tipo exportação
A região conta com 10 municípios entre os 50 maiores exportadores do Rio Grande do Sul no primeiro semestre de 2024. Mesmo com uma redução média de 30,8% em relação aos valores das exportações destes municípios no comparativo com o mesmo período do ano passado – em grande parte resultado da redução nas vendas de máquinas agrícolas –, somados, eles movimentaram US$ 1,4 bilhão em seis meses com vendas para o exterior. Lideram essas vendas, além das máquinas agrícolas, a soja em grão ou com seus derivados, carrocerias e veículos, carne suína e derivados, estruturas metálicas para construção civil e até pedras preciosas.
14. Potenciais turísticos
A indústria do turismo da região pode ser uma alternativa para a atração de recursos ao Estado no momento em que outras regiões ainda tentam se reerguer. E há diferenciais importantes, como as Missões e os mais diversos roteiros relacionados ao Rio Uruguai.
15. Maior potencial hidrelétrico gaúcho
É a partir da bacia hidrográfica do rio Uruguai que se produz 60% da energia elétrica do Rio Grande do Sul. Com fenômenos como o verificado em maio, com volume de chuva inédito, empreendedores admitem revisar parâmetros de níveis para futuras usinas e garantia de segurança das atuais.
16. Investimentos podem destravar a logística
A relevância da região, que foi a menos afetada pelos efeitos das cheias de maio, reforçou a necessidade de investimentos em obras-chave para o escoamento da produção e a atração de novos investimentos para a economia local. Ao todo, cinco obras na região foram listadas no Novo PAC, duas delas já com investimentos definidos, e que se aproximam de R$ 500 milhões. Há ainda a expectativa para a PPP da concessão dos aeroportos de Passo Fundo e Santo ngelo, que tiveram suas importâncias reforçadas na crise de maio. O leilão não teve interessados, mas o governo do Estado deve voltar a colocar o projeto no mercado.
17. O maior polo de saúde do Interior
Passo Fundo é o terceiro principal polo de saúde do Sul do Brasil, atrás somente de Porto Alegre e Curitiba. É o maior no Interior da Região Sul. Com 8 hospitais e pronto-atendimento, o município conta com 6,48 profissionais para cada 100 mil habitantes, enquanto no Estado a média é de 2,51.