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Publicada em 26 de Julho de 2024 às 15:42

Trigo do Norte gaúcho vai para as mesas dos gaúchos e do exterior

Trigo corresponde a 35% da produção dos associados da cooperativa Cotricampo

Trigo corresponde a 35% da produção dos associados da cooperativa Cotricampo

COTRICAMPO/DIVULGA??O/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Mesmo com a perspectiva de uma safra com problemas neste próximo inverno, o trigo não ocupa papel de protagonismo na Região Norte do RS somente na corrida pelos combustíveis verdes. Há quase uma década, entidades como a Fecoagro iniciaram um movimento para a valorização do cereal, tradicional especialmente entre as cooperativas gaúchas, como um ativo para a economia gaúcha.
Mesmo com a perspectiva de uma safra com problemas neste próximo inverno, o trigo não ocupa papel de protagonismo na Região Norte do RS somente na corrida pelos combustíveis verdes. Há quase uma década, entidades como a Fecoagro iniciaram um movimento para a valorização do cereal, tradicional especialmente entre as cooperativas gaúchas, como um ativo para a economia gaúcha.
O Rio Grande do Sul respondeu, em 2023, por exemplo, por 89,7% do trigo brasileiro exportado, chegando a US$ 646 milhões faturados em vendas internacionais. No primeiro semestre deste ano, já foram US$ 422 milhões.
Na cooperativa Cotricampo, o trigo já responde por 35% da produção rural dos seus associados. Em Campo Novo, na região Celeiro, a cooperativa tem a sua indústria de farinha de trigo, que atualmente recebe investimentos na automação e modernização dos processos. A Cotricampo investe também em melhorias nas instalações de recebimento e armazenamento de grãos.
De acordo com o presidente da cooperativa, Gélson Bridi, o moinho opera atualmente 24 horas por dia, com uma capacidade de moagem de 1 milhão de sacas por ano. A intenção, com os atuais investimentos, que chegam a R$ 27 milhões, é ampliar essa capacidade.
“Atuamos não apenas com a produção de trigo destinado à alimentação dos nossos 8,5 mil cooperados, mas também moemos em parceria com outras cooperativas, com uma marca especial. É um mercado muito promissor, por isso, mantemos em Campo Novo uma área experimental para o desenvolvimento de trigo específico para a panificação”, explica Bridi. Do moinho da Cotricampo saem as farinhas de marca própria Cotriflor e Flor do Campo.

A cultura do trigo no Norte do RS

Maiores áreas plantadas 2022:
- Palmeira das Missões: 42 mil hectares
- Santa Bárbara do Sul: 35 mil hectares
- São Luiz Gonzaga: 33 mil hectares
- Giruá: 33 mil hectares
- Cruz Alta: 33 mil hectares
Fonte: IBGE

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