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Publicada em 19 de Julho de 2024 às 18:14

Busca de consenso por demandas do Norte do RS é proposta no Mapa Econômico

Presidente da Atitus Educação, Eduardo Capellari destacou desafio demográfico durante fala em painel do Mapa Econômico do RS realizado em Erechim

Presidente da Atitus Educação, Eduardo Capellari destacou desafio demográfico durante fala em painel do Mapa Econômico do RS realizado em Erechim

TÂNIA MEINERZ/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Reter talentos em um Estado economicamente viável e com infraestrutura adequada aos desafios futuros só será possível com diálogo e formação de consensos. É desta forma que o presidente da Atitus Educação, Eduardo Capellari, projeta um cenário de oportunidades no Rio Grande do Sul."No último Censo, ficou demonstrado que 290 municípios gaúchos (cerca de 60% do Rio Grande do Sul) tiveram redução na população. Nosso Estado hoje não tem escolas entre as 100 melhores na educação básica do País. Em 40 anos, não tivemos condição de ter equilíbrio fiscal, e isso inviabiliza investimentos, perdemos competitividade. Ao mesmo tempo, nunca conseguimos chegar a um consenso de uma agenda de prioridades estruturais para o desenvolvimento do Estado. O jovem, formado em excelentes universidades daqui, responde a tudo isso indo embora. É o que tem acontecido nos últimos 10 anos",  avaliou Capellari, que participou do painel sobre desafios para a retomada econômica do RS e oportunidades para o desenvolvimento econômico. O evento realizado em Erechim, na quinta-feira, abriu a série debates do Mapa Econômico do RS em 2024, projeto do Jornal do Comércio.Criada há 40 anos em Passo Fundo, a Atitus Educação é uma das referências na formação de talentos na região. Neste ano, com investimento de R$ 10 milhões, inaugurou o Campus Agro, apostando em um dos maiores potenciais econômicos do Norte e Noroeste gaúchos. 
Reter talentos em um Estado economicamente viável e com infraestrutura adequada aos desafios futuros só será possível com diálogo e formação de consensos. É desta forma que o presidente da Atitus Educação, Eduardo Capellari, projeta um cenário de oportunidades no Rio Grande do Sul.

"No último Censo, ficou demonstrado que 290 municípios gaúchos (cerca de 60% do Rio Grande do Sul) tiveram redução na população. Nosso Estado hoje não tem escolas entre as 100 melhores na educação básica do País. Em 40 anos, não tivemos condição de ter equilíbrio fiscal, e isso inviabiliza investimentos, perdemos competitividade. Ao mesmo tempo, nunca conseguimos chegar a um consenso de uma agenda de prioridades estruturais para o desenvolvimento do Estado. O jovem, formado em excelentes universidades daqui, responde a tudo isso indo embora. É o que tem acontecido nos últimos 10 anos",  avaliou Capellari, que participou do painel sobre desafios para a retomada econômica do RS e oportunidades para o desenvolvimento econômico. O evento realizado em Erechim, na quinta-feira, abriu a série debates do Mapa Econômico do RS em 2024, projeto do Jornal do Comércio.

Criada há 40 anos em Passo Fundo, a Atitus Educação é uma das referências na formação de talentos na região. Neste ano, com investimento de R$ 10 milhões, inaugurou o Campus Agro, apostando em um dos maiores potenciais econômicos do Norte e Noroeste gaúchos. 
Passo Fundo, assim como Erechim, são polos regionais que, contrariando a tendência, tiveram crescimento populacional nos últimos anos, com tendência de crescimento. "É um crescimento que acontecerá e irá demandar ainda mais infraestrutura e competitividade. Historicamente, o Rio Grande do Sul concentrou tudo em Porto Alegre e região. Descentralizar investimentos e infraestrutura só será possível quando Erechim, Passo Fundo, Ijuí, Santo Ângelo, Panambi unirem-se para definir agendas prioritárias e coletivas", resumiu Capellari.

O executivo da Atitus lembra o exemplo da pauta dos aeroportos, com um comparativo. Enquanto na Bolívia, com população semelhante e um PIB três vezes menor do que o Rio Grande do Sul, há três aeroportos com estrutura internacional, no Estado, as cheias de maio escancararam a limitação. E ainda assim, não se chegou a um consenso sobre quais aeroportos serão prioritários, entre Porto Alegre, Passo Fundo e Caxias do Sul.

Capellari desafia: "Imagina chegar agora um Pix de R$ 20 bilhões do governo federal, como seria para decidir no que investir primeiro? É preciso pensar como não pensávamos antes, coordenar esforços para garantir o futuro", defendeu, reiterando a importância de chegar a consensos.

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