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Publicada em 06 de Dezembro de 2024 às 00:25

Combustível a partir do hidrogênio verde também está no mapa de Porto Alegre

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Em outra frente da corrida pelos novos combustíveis, Porto Alegre também está no mapa. Primeiro, como polo de desenvolvimento de pesquisa e produto, mas com pretensões comerciais. É o que aponta o coordenador de Hidrogênio Verde da Rede Brasileira de Pesquisa e Inovação (RBCIP), Marcelo Fiche.
Em outra frente da corrida pelos novos combustíveis, Porto Alegre também está no mapa. Primeiro, como polo de desenvolvimento de pesquisa e produto, mas com pretensões comerciais. É o que aponta o coordenador de Hidrogênio Verde da Rede Brasileira de Pesquisa e Inovação (RBCIP), Marcelo Fiche.
"Faremos uma planta de hidrogênio verde com produção a partir do reúso de água resultante de estações de tratamento de esgoto, mas é projeto com pretensões de potencializar negócios no Rio Grande do Sul, então, queremos avançar nesta planta para a produção de SAF (combustível de aviação), obtido a partir do processo entre hidrogênio verde e etanol. Nossa ideia é de que saiam dessa produção querosene de aviação, diesel verde e gasolina verde", explica Fiche.
O passo inicial do projeto, que seria uma planta-piloto de produção de hidrogênio verde, chegou a ser anunciado em 2023, em uma possível parceria da RBCIP com a Pucrs e a Ufrgs.
No entanto, houve mudanças e as negociações agora são para que a planta seja erguida na Escola Técnica Mesquita, na Zona Norte de Porto Alegre, em parceria com o Sindicato dos Metalúrgicos. A ideia, de acordo com Marcelo Fiche, é ter a planta-piloto também como uma formadora de mão de obra para os diversos fins industriais do uso do hidrogênio verde.
"A nossa ideia é termos a planta-piloto de hidrogênio verde pronta em meados de 2025. Para obtermos a água que será o princípio do processo, estamos alinhavando parcerias com o Dmae e a Corsan, que têm interesse na destinação deste material. Agora, estamos em busca de parceiros para viabilizar este próximo passo, que é a produção de SAF em escala reduzida, no primeiro momento. É uma tecnologia que dominamos e temos pesquisa de desenvolvimento em cooperação com a Ufrgs. É muito importante que esse conhecimento fique no Rio Grande do Sul", valoriza o pesquisador.

A estimativa é de que o projeto tenha um custo de R$ 30 milhões. Uma planta de dimensões maiores para produção do SAF a partir do hidrogênio verde, exigiria investimentos em torno de
R$ 200 milhões.

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