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Publicada em 17 de Dezembro de 2024 às 00:25

Varejistas avaliam que o momento é de transformações

Para Irio Piva, o maior desafio é conseguir se reposicionar rápido

Para Irio Piva, o maior desafio é conseguir se reposicionar rápido

/TÂNIA MEINERZ/JC
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Patrícia Comunello
Patrícia Comunello
Passado o período mais agudo da enchente, o varejo agora encara outra etapa da reconstrução. Dirigentes de entidades do comércio e serviços, como alimentação, avaliaram, para o Mapa Econômico do RS, os desafios e oportunidades, mesmo com a crise provocada pelas cheias, e medidas que cabem ao segmento na Região Metropolitana de Porto Alegre. A projeção é de crescimento nos próximos anos, com novas operações.
Passado o período mais agudo da enchente, o varejo agora encara outra etapa da reconstrução. Dirigentes de entidades do comércio e serviços, como alimentação, avaliaram, para o Mapa Econômico do RS, os desafios e oportunidades, mesmo com a crise provocada pelas cheias, e medidas que cabem ao segmento na Região Metropolitana de Porto Alegre. A projeção é de crescimento nos próximos anos, com novas operações.
"O varejo da região está passando por um momento totalmente diferente, onde alguns negócios tiveram desempenho acima da média e muitos não conseguiram nem retornar", observa Irio Piva, presidente da CDL Porto Alegre (CDL-POA).
Para Piva, não é possível generalizar os impactos e como cada segmento ou empresa reagiu. "Temos supervalorização em cidades da Região Metropolitana, como Gravataí, que não foi atingida no evento climático." Para ele, o maior desafio é conseguir se reposicionar rápido. "A rapidez de ação nunca foi tão importante como agora", reforça.
O presidente da Federação Varejista do RS, Ivonei Pioner, encara os desafios na região pelo tamanho dos impactos da reconstrução. "A região se reinventa todo dia. Com esses dados (citando o Mapa Econômico), podemos planejar ações de forma segura e estruturada", opina.
Para Pioner, passados os meses iniciais pós-cheias, agora não é só recuperar a condição de operação, "mas de olhar para frente", para o ambiente econômico, a estruturação logística e a criação de um ambiente positivo para atrair empreendimentos.
A articulação de entidades e setor público na retomada é apontada como um dos trunfos para os próximos anos, sinaliza Paulo Geremia, presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha). "Isto está dando um bom resultado. Desde o que ocorreu, houve união. É muito importante, é o caminho para o desenvolvimento", defende.
O presidente da Federação das Associações Gaúchas do Varejo (Federação AGV), Vilson Noer, ressalta que há ainda recuperação a ser feita no setor, mas a reação dos empreendedores mostra a força da região. "O potencial da Região Metropolitana é gigantesco para o varejo. Um terço dos consumidores está aqui e tem todo potencial para melhorar ainda mais, com demanda de empregos e recuperação. Oportunidades são infindáveis", pontua.
"O varejo depende muito da população, e a Grande Porto Alegre impacta nos resultados de todo o comércio", amplia Arcione Piva, presidente do Sindilojas Porto Alegre. A pulverização de obras, muitas ativadas pelo setor público, também são listadas como impulso para gerar mais renda e vendas.
A presidente da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), Suzana Vellinho, aposta que a crise gerada pela cheia trouxe, além da reconstrução, "um novo olhar para uma região que está se reinventando todo dia". "Os dados que o Mapa Econômico apresenta nos mostram isso e ainda que é possível nos planejarmos de forma estruturada."

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