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Publicada em 16 de Dezembro de 2024 às 00:25

Obras contra cheias vão movimentar a indústria pesada no Rio Grande do Sul

Rio dos Sinos receberá aporte para sistema de prevenção a inundações

Rio dos Sinos receberá aporte para sistema de prevenção a inundações

TÂNIA MEINERZ/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
De acordo com o Sinduscon-RS, em setembro havia 304 empreendimentos em obras, entre 2,4 mil imóveis, somente em Porto Alegre. Em seu mais recente levantamento, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) projeta crescimento de 3% do setor em nível nacional. Entre os motivos para o otimismo, a entidade lista o início das obras de reconstrução do Rio Grande do Sul.
De acordo com o Sinduscon-RS, em setembro havia 304 empreendimentos em obras, entre 2,4 mil imóveis, somente em Porto Alegre. Em seu mais recente levantamento, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) projeta crescimento de 3% do setor em nível nacional. Entre os motivos para o otimismo, a entidade lista o início das obras de reconstrução do Rio Grande do Sul.
Na região, há R$ 6,5 bilhões a serem investidos em sistemas de contenção regionais entre as bacias hidrográficas dos rios dos Sinos, Gravataí, Jacuí e no sistema de drenagem e bombeamentos internos de Porto Alegre. Há uma lista de 10 projetos incluídos no Novo PAC após a cheia. Pelo menos três deles estão nas fases preliminares de estudos, projetos e de impacto ambiental. A projeção é de que as obras se estendam por pelo menos cinco anos, com investimentos que vão alimentar a indústria da construção.
Já há, no entanto, muita máquina nas ruas. Em Canoas, Porto Alegre, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Guaíba, os governos municipais anteciparam-se aos possíveis repasses federais e investem, ao menos, na recomposição dos diques e estruturas de proteção, que movimentam pelo menos R$ 100 milhões em obras.
Entre as obras já em execução está a recomposição, e aumento na altura, do dique da Fiergs, na Zona Norte da Capital. A sede da principal entidade empresarial gaúcha foi inundada em maio. Próximo dali, às margens da freeway, a moderna sede da Fecomércio ficou ilhada. Símbolos do que o evento extremo provocou na Região Metropolitana.
"A grande lição que fica é a necessidade dos governos investirem realmente em infraestrutura, prevenção e proteção. Na Fiergs, fizemos alterações estruturais a partir deste episódio, que surpreendeu a todos. E como entidade, além de pressionar por soluções, também somos agentes dessa reconstrução", diz o presidente da Fiergs, Claudio Bier.
 

Obras previstas para a contenção de cheias

  • Sistema de controle de cheias entre o Rio Gravataí e o Arroio Feijó (Porto Alegre e Alvorada): R$ 6,5 bilhões.
  • Sistema de prevenção a inundações no Rio dos Sinos (Vale do Sinos): R$ 1,9 bilhão.
  • Obras de prevenção a cheias na Bacia do Rio Gravataí (Gravataí, Cachoeirinha): R$ 450 milhões.
  • Sistema de prevenção e contenção de cheias no Delta do Jacuí (Eldorado do Sul):
    R$ 531 milhões.
  • Obras nos sistemas de bombeamento e drenagem em Porto Alegre: R$ 770,4 milhões.
  • R$ 100 milhões já são investidos em obras em diques entre Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Guaíba.
FONTE: GOVERNO FEDERAL.

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