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Publicada em 16 de Dezembro de 2024 às 00:25

GM, indústria, centros logísticos e loteamentos movimentam Gravataí

Fábrica da General Motors produzirá novo modelo com investimento de R$ 1,2 bilhão

Fábrica da General Motors produzirá novo modelo com investimento de R$ 1,2 bilhão

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
O aeroporto Salgado Filho ainda estava fechado quando a prefeitura de Gravataí aprovou projeto para que seja construído um aeródromo. Mas, ao menos por enquanto, não se trata de uma alternativa para voos comerciais ao aeroporto da Capital.
O aeródromo, destinado a pousos e decolagens de pequenas aeronaves, faz parte do projeto de um novo loteamento de alto padrão que, em breve, deve sair do papel, nas proximidades da BR-290 (freeway).
"Existe um mercado não atendido no Rio Grande do Sul, de terrenos acima de 1,5 mil metros quadrados. São investidores paulistas que nos procuraram, apontaram o aeródromo como diferencial desse novo condomínio. Tende a ser um produto único na região e que vai atrair investimentos para a cidade", garante o prefeito Luiz Zaffalon.
Reeleito no município que, em 2021 - ano mais recente do levantamento do PIB municipal, pelo IBGE -, experimentou uma redução de 3,56% no PIB, como reflexo da parada na produção da General Motors (GM), durante a pandemia, Zaffalon garante que Gravataí já retomou o seu posto de quarta maior economia gaúcha, e agora vive um novo ciclo de crescimento diversificado.
Somente neste ano, o município contabiliza atração de R$ 2,5 bilhões em investimentos privados. "Não afundamos porque não ficamos parados. Buscamos dinheiro a juro baixo e investimos em infraestrutura. Foram R$ 250 milhões nos últimos anos e, nos próximos quatro, vamos passar de R$ 300 milhões em investimentos próprios. Duplicamos, por exemplo, um trecho da ERS-020, e agora temos visto investimentos ali, com a WEG. E partiremos para a duplicação da ERS-030, em direção a Glorinha, onde teremos dois novos centros de distribuição. Com infraestrutura, o empresário se preocupa somente com o seu negócio", explica o prefeito.
Geograficamente favorecida durante as cheias, Gravataí teve em torno de 5% do seu território atingido. Longe dos alagamentos, o CD das Farmácias São João, por exemplo, às margens da freeway, que é um dos investimentos recentes recebidos, serviu de sede provisória para a Ceasa. "Tornou-se um trunfo, sem dúvida. Gravataí se mostra como um caminho para o futuro da Região Metropolitana. Desde as cheias, já foram pelo menos 10 grandes empreendimentos imobiliários que nos procuraram. A Amazon está vindo, teremos um CD da Dallasanta, teremos um segundo CD da LOG e o Magazine Luiza está ampliando seu espaço no condomínio logístico da GLP. Todo este eixo logístico que criamos justamente para diversificar a economia local está surtindo efeito", diz Zaffalon.
É claro que a principal fatia dos investimentos de Gravataí vem do Complexo Automotivo da GM. A empresa, que responde por 50% da receita do município, anunciou neste ano aporte de R$ 1,2 bilhão. Entre setembro e outubro, foi dada a largada para o projeto, que resultará em novos modelos de carros saindo de Gravataí, com uma parada técnica para adaptações e melhorias nos processos da fábrica.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a GM limita-se a informar que o resultado do projeto será "um novo veículo Chevrolet em um segmento ainda não explorado pela marca no País", além das evoluções dos modelos Onix e Onix Plus. Especula-se que será um modelo SUV, a ser lançado em 2026. A tendência é de que o novo modelo - o terceiro a ser produzido em Gravataí -, como parte do Projeto Carbon, já virá com uma evolução do motor híbrido, a ser lançado em outro modelo em 2025.
A GM transformou ao longo dos anos a economia de Gravataí, cujo PIB aumentou sete vezes desde a chegada da montadora.
 

Destaques dos setores metalmecânico, automotivo e eletroeletrônico

 Gravataí: General Motors, Pirelli, WEG, Panatlântica, Digicon, Mundial
 Canoas: AGCO, John Deere, Midea, Dongwon Brasil, Exatron, FKS, Forjasul, Novus, Prolec
 Sapucaia do Sul: Gerdau
 Guaíba: TK Elevators, Toyota
 Glorinha: Acelor Mittal
 São Leopoldo: Taurus, Stihl
 Alvorada: Fundição Ciron (anunciado)
 Dois Irmãos e Araricá: Mahindra (opera em Dois Irmãos, vai mudar para Araricá em operação maior)

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