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Publicada em 13 de Dezembro de 2024 às 19:08

Ambientes de inovação buscam soluções para a retomada econômica do RS

Empresas vinculadas ao Instituto Caldeira se mantiveram no local e ampliaram engajamento após a enchente

Empresas vinculadas ao Instituto Caldeira se mantiveram no local e ampliaram engajamento após a enchente

ANDRESSA PUFAL/ESPECIAL/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Um dos símbolos do ambiente inovador criado nos últimos anos na Região Metropolitana de Porto Alegre, o Instituto Caldeira, no 4º Distrito, ficou quase um mês inundado em maio. Os prejuízos, segundo o diretor executivo, Pedro Valério, chegaram a R$ 35 milhões. Ainda assim, depois de quatro meses, quando foi possível reabrir o andar térreo do Caldeira, em setembro, ele garantiu que nenhuma das 511 empresas vinculadas ao instituto abandonaram o projeto. Ao contrário, o engajamento foi maior.
Um dos símbolos do ambiente inovador criado nos últimos anos na Região Metropolitana de Porto Alegre, o Instituto Caldeira, no 4º Distrito, ficou quase um mês inundado em maio. Os prejuízos, segundo o diretor executivo, Pedro Valério, chegaram a R$ 35 milhões. Ainda assim, depois de quatro meses, quando foi possível reabrir o andar térreo do Caldeira, em setembro, ele garantiu que nenhuma das 511 empresas vinculadas ao instituto abandonaram o projeto. Ao contrário, o engajamento foi maior.
"Até abril deste ano, estávamos embriagados com tantas conquistas. Ficamos 28 dias inundados e tivemos que adotar uma mentalidade empreendedora para retirar a água do prédio e reconstruir", disse, em setembro, Valério. O Instituto Caldeira é o maior hub de inovação do Estado. Diretamente na estrutura da Zona Norte estão instaladas 130 empresas – 69 no térreo.
Já em junho, haviam sido abertas 200 novas estações de trabalho entre o segundo e o terceiro andar do prédio para realocar startups. Em março, o instituto anunciou investimento de R$ 120 milhões para uma nova expansão, passando a ocupar a estrutura dos antigos prédios da fábrica Tecidos Guahyba, com cerca de 33 mil metros quadrados. A área total passará a 55 mil metros quadrados. A previsão, na época, era ter as primeiras ocupações na nova área no momento do South Summit 2025.
Hoje o Rio Grande do Sul é o segundo estado com maior número de iniciativas de inovação e ciência no Brasil, e Porto Alegre, o quinto município, conforme o Atlas da Inovação.
O início deste movimento de inovação que tem agora o desafio reforçado de buscar soluções na retomada da economia da região com maior sustentabilidade e resiliência em relação às mudanças climáticas, aconteceu há exatos 21 anos, quando foi criado o Parque Científico e Tecnológico da Pucrs, o Tecnopuc.
Hoje, reunindo 300 organizações e com 180 startups abrigadas, o Tecnopuc integra desde 2018 uma aliança que reúne ainda os parques tecnológicos da Ufrgs (Zenit), com 65 empresas, e da Unisinos (Tecnosinos) – 110 empresas.
Uma rede que conta com mais de 30 hubs tecnológicos espalhados entre Porto Alegre, Região Metropolitana e Vale do Sinos. Em Novo Hamburgo, onde a Feevale já tem a sua estrutura de inovação, assim como a indústria calçadista, foi inaugurado neste ano o Centro de Inovação Tecnológica (CIT) que, nos próximos anos, deve ter erguido um segundo núcleo no município.
"A proposta é transformar Novo Hamburgo em um laboratório aberto de inovação. É o único no Estado equipado com o FabLab Kids e espaço para a educação infantil. Nossas escolas levarão para lá, desde cedo, os seus alunos para criarmos uma cultura inovadora em todos os setores da cidade", diz a prefeita Fátima Daudt.
A busca por soluções, e por impulsionamento das inovações locais, porém, vai além dos limites da região. No Tecnopuc já está em plena execução, a partir do investimento de R$ 15 milhões iniciado em 2022, pela Finep, o modelo chamado Anywhere, que garante conexão com pelo menos 150 ambientes de inovação no mundo.

Principais centros de inovação na Região Metropolitana e Vale do Sinos

* Porto Alegre: Tecnopuc, Zenit, Instituto Caldeira, Centro de Empreendimentos em Informática (CEI UFRGS).Tecnosinos, Feevale Techpark
* Canoas: Parque Canoas de Inovação, Ulbratech, La Salle Tech
* Novo Hamburgo: Feevale Techpark, Centro de Inovação Tecnológica, Incubadora Tecnológica Liberato (ITEL)
* São Leopoldo: Tecnosinos, Unitec
* Gravataí: Pradotech
* Tramandaí: Incubadora Germina
*Viamão: Tecnopuc
* Guaíba: Ulbratech
* Campo Bom: Feevale Techpark

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