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Mapa Econômico do RS

- Publicada em 23 de Novembro de 2023 às 18:34

Gravataí espera fabricação de carros elétricos na GM

Instalada em 2000, montadora de carros da General Motors revolucionou a economia de Gravataí

Instalada em 2000, montadora de carros da General Motors revolucionou a economia de Gravataí


LUIZA PRADO/JC
A maior referência do setor automotivo do Rio Grande do Sul está em Gravataí, que recebeu há duas décadas, um investimento que revolucionou a economia da cidade. Anunciado em 1997, o Complexo Industrial Automotivo de Gravataí (Ciag), inaugurado em 2000 com a fábrica da General Motors (GM) no centro da produção, tem hoje, outras 13 empresas sistemistas.
Naquele ano, o PIB de Gravataí era de R$ 1,5 bilhão, e representava a 12ª maior economia do Rio Grande do Sul. Passados 20 anos, em 2020, o PIB passou a R$ 10,6 bilhões, sete vezes mais, colocando Gravataí como a quarta maior economia do Rio Grande do Sul, e com um VAB Industrial de R$ 3,7 bilhões (seis vezes maior do que em 2000). Há dúvidas no futuro da indústria automobilística nacional, uma oportunidade que Gravataí quer aproveitar.
“Em 10 anos, a produção da GM deverá ser de carros elétricos. A nossa espera é que a montadora faça essa transição em Gravataí, pela modernidade que essa planta industrial tem. Temos sido muito parceiros da empresa para que ela mantenha a sua produção aqui, mesmo com desigualdades fiscais predatórias no Nordeste, por exemplo”, explica o prefeito Luiz Zaffalon.
No começo deste ano, a produção de um Onix marcou a fabricação de 4,5 milhões de carros em 23 anos de operação em Gravataí, no entanto, o cenário é de incertezas em todo o setor automobilístico brasileiro.
“A GM responde por 45% da nossa arrecadação. Ao longo destes anos, temos aprendido, para driblar a 'GMdependência'. Um dos caminhos é proporcionar condições para outros setores produtivos, como os investimentos em inovação e a estruturação de um novo loteamento industrial, inclusive, em uma área que é do município dentro do complexo da GM, para pequenas e médias empresas. Outro caminho é gastar menos do que se arrecada”, diz o prefeito de Gravataí.
A planta na Região Metropolitana ainda é considerada uma das mais modernas no mundo, tendo aportado R$ 1,4 bilhão no último ciclo de investimentos no Estado entre 2017 e 2019. Desde então, houve o período de lockdown com a pandemia e o enfraquecimento das vendas de automóveis.
Durante este ano, por exemplo, o complexo, com 5 mil operários, parou de produzir duas vezes. Desde o começo do ano passado, o município já perdeu R$ 50 milhões em arrecadação pelo fator GM. Entre as 20 maiores economias do Estado, Gravataí foi a que teve maior percentual de queda no rateio do retorno de ICMS este ano, de 23,8%.