Mapa Econômico do RS
- Publicada em 23 de Novembro de 2023 às 17:08Canoas concentra 400 empresas do setor metalmecânico
AGCO produz tratores em Canos e utiliza tecnologia avançanda em sua planta
AGCO/DIVULGAÇÃO/JC
Eduardo Torres
Se a inovação avança a partir dos diversos polos tecnológicos entre Porto Alegre e a Região Metropolitana, a indústria pesada, que no último século migrou da Capital para a as cidades vizinhas com o crescimento populacional também se beneficia, e aumenta a sua relevância produzindo com processos mais eficientes e modernos.
Para produzir tratores em Canoas, o mundo virtual já é uma realidade na fábrica da AGCO. É neste universo que começa o desenvolvimento de novas peças para os processos produtivos, depois, os protótipos viram impressões em 3D e, se comprovada a sua funcionalidade, aí sim, o metal entra em cena. Representando economia de materiais e maior sustentabilidade no processo de produção.
“É uma tecnologia que foi desenvolvida na fábrica de Canoas e rapidamente foi disseminada entre as demais unidades da empresa”, conta o vice-presidente de Operações de Manufatura AGCO América do Sul, Fernando Nogueira.
“É uma tecnologia que foi desenvolvida na fábrica de Canoas e rapidamente foi disseminada entre as demais unidades da empresa”, conta o vice-presidente de Operações de Manufatura AGCO América do Sul, Fernando Nogueira.
No chão da fábrica, por exemplo, os operários hoje convivem com robôs, os chamados Cobots, igualmente desenvolvidos dentro da AGCO, com o diferencial de serem colaborativos. Os Cobots aprendem com a interação com os humanos nos processos de usinagem e solda a laser.
Somente em Canoas, são contabilizadas 400 empresas no setor metalmecânico. A diversificação é tamanha na cidade que tem o segundo maior PIB entre as regiões Metropolitana, Vale do Sinos, Litoral Norte e Centro Sul – com o maior VAB industrial –, que há estimativas de que até 25% do que é produzido em metal no Rio Grande do Sul tem pelo menos uma peça produzida em Canoas.
A estimativa do governo municipal é de que o setor responde por pouco menos de 20% da arrecadação. A fabricante de tratores tem na cidade uma das suas cinco maiores fábricas do mundo. Uma herança ainda da década de 1950, quando uma distribuidora de automóveis comprou um terreno no bairro Industrial ao perceber o movimento que a economia regional fazia na época.
Indústria ganha força no entorno de Porto Alegre
Havia valorização de áreas nos arredores de Porto Alegre, quando acontecia o primeiro grande ciclo de urbanização da Capital, empurrando as indústrias até então instaladas em regiões como a Zona Norte de Porto Alegre para o entorno da cidade. Em pouco tempo, máquinas agrícolas eram produzidas ali naquela nova indústria. Com 1,4 mil funcionários nesta unidade, a AGCO fabrica em Canoas os tratores de potência até 145hp das marcas Massey Ferguson e Valtra.
Indústria ganha força no entorno de Porto Alegre
Havia valorização de áreas nos arredores de Porto Alegre, quando acontecia o primeiro grande ciclo de urbanização da Capital, empurrando as indústrias até então instaladas em regiões como a Zona Norte de Porto Alegre para o entorno da cidade. Em pouco tempo, máquinas agrícolas eram produzidas ali naquela nova indústria. Com 1,4 mil funcionários nesta unidade, a AGCO fabrica em Canoas os tratores de potência até 145hp das marcas Massey Ferguson e Valtra.
O resultado da produção da AGCO é visto nos números de exportações de Canoas. O município foi o 14º no Estado com maior volume de vendas para o Exterior, e 56% destes produtos eram tratores e componentes automotivos.
“Hoje, aquele protagonismo segue sendo da AGCO. Temos consciência da nossa importância para essa comunidade, e por isso temos sempre o propósito de buscar soluções inovadoras e sustentáveis, tanto para o agricultor, que receberá as nossas máquinas, quanto para toda a cadeia produtiva que temos em Canoas”, diz o vice-presidente de Operações de Manufatura AGCO América do Sul, Fernando Nogueira. A empresa tem agora um projeto para migrar ou expandir seu parque industrial para uma nova área em Canoas.
O movimento de migração das indústrias pesadas para a Região Metropolitana, especialmente entre as décadas de 1970 e 1990, transformou também os cenários em cidades como Gravataí e Cachoeirinha.
Os distritos industriais de ambos os municípios, segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, são dois raros casos em que não há mais áreas disponíveis para novos empreendimentos, totalizando quase 100 empresas entre as duas cidades vizinhas que têm o terceiro e o oitavo maiores PIBs das regiões retratadas neste Mapa Econômico, além de figurarem entre os dez municípios com maior VAB industrial.
A força industrial na Região Metropolitana
Os distritos industriais de ambos os municípios, segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, são dois raros casos em que não há mais áreas disponíveis para novos empreendimentos, totalizando quase 100 empresas entre as duas cidades vizinhas que têm o terceiro e o oitavo maiores PIBs das regiões retratadas neste Mapa Econômico, além de figurarem entre os dez municípios com maior VAB industrial.
A força industrial na Região Metropolitana
* O setor metalmecânico de Canoas é considerado o segundo mais importante do Estado, com até 400 empresas do setor em operação no município
* Os distritos industriais de Gravataí e Cachoeirinha têm 100% de ocupação, a partir da industrialização que migrou de Porto Alegre
* O Complexo Automotivo da GM, em Gravataí, já produziu 4,5 milhões de carros responde por 45% da arrecadação do município
Os destaques do setor metalmecânico e automotivo
* General Motors (Gravataí)
* TK Elevadores (Guaíba)
* AGCO (Canoas)
* Midea (Canoas)
* Arcelor Mital (Glorinha)
* Taurus (São Leopoldo)
* Stihl (São Leopoldo)
* Panatlântica (Gravataí)
* Digicon (Gravataí)
* Mundial (Gravataí)
* Mahindra (Dois Irmãos)