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Mapa Econômico do RS

- Publicada em 23 de Novembro de 2023 às 13:37

Inovação também chega nos hospitais e na academia

Tencologia é utilizada cada vez mais em cirurgias em hospitais de Porto Alegre

Tencologia é utilizada cada vez mais em cirurgias em hospitais de Porto Alegre


CARLOS SALDANHA/DIVULGAÇÃO/JC
A Santa Casa de Porto Alegre foi a instituição escolhida para colocar em prática o projeto desenvolvido pela Procempa, em parceria com o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), com o uso de inteligência artificial para o diagnóstico precoce de tumores de pulmão e mama.
“A partir de um banco de dados desenvolvido pelo MIT, é possível antecipar em até seis anos um diagnóstico, ou antecipar com melhor eficiência a forma como aquele tumor poderá evoluir. É uma tecnologia que poderá ser fundamental, por exemplo, na garantia de prioridades cirúrgicas para transplantes na fila do SUS. O uso de IA é algo que tem nos alertado para o futuro, como algo que poderá beneficiar a todos na área da medicina”, diz o diretor médico da Santa Casa, Antônio Kalil.
Os hospitais do complexo já usam outro equipamento de inteligência artificial, a “Robô Laura”, que é usada no trabalho de diagnósticos precoces e que, segundo Kalil, tem reduzido os riscos de mortalidade por infecções. “Hoje temos em Porto Alegre uma estrutura de saúde, no Brasil, comparável a São Paulo”, avalia o diretor.
Na academia está um novo perfil, como comenta Kalil: até 30% dos novos alunos de Medicina já entram na universidade com a inovação como objetivo. É o contexto ideal para o ambiente inovador de Porto Alegre.
O município oferece redução de ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% para empresas que atuem com inovação em saúde. Há, por exemplo, o South Colab Health, que envolve 70 instituições entre governos, universidades, hospitais e empresas do setor que trocam experiências e ações colaborativas na área da inovação.
No Tecnopuc, por exemplo, o hub de saúde, inaugurado há quatro anos, é o que tem o maior número de operações. E há exemplos bem-sucedidos, como o NoHarm, que faz a gestão da farmácia clínica de hospitais com o uso de inteligência artificial, desenvolvido a partir de uma tese de doutorado, ou como o Thummi, que acompanha pacientes oncológicos, também desenvolvido por uma estudante de Medicina.
No complexo da Santa Casa, atualmente há 16 projetos de startups em desenvolvimento no centro de inovações do hospital. “Durante a pandemia, reformamos o nosso centro multidisciplinar de pesquisa. Hoje, a Santa Casa é um dos hospitais brasileiros que mais tem pacientes participando de pesquisas clínicas. O resultado disso é, não apenas tratamentos mais eficientes, mas a evolução de todo o sistema em Porto Alegre”, comenta Antônio Kalil.
Funciona na Santa Casa, por exemplo, há dois anos, o centro de cirurgia robótica que tem servido como multiplicador de conhecimento. Ali, já foram feitas mais de mil cirurgias robóticas e funciona um centro de treinamento que já qualificou equipes de saúde de Santa Maria, Passo Fundo e Caxias do Sul.