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Reitor da UFSM defende conhecimento para transformar sociedade e alavancar PIB
Dirigente da Universidade Federal de Santa Maria defendeu importância da inovação no Mapa Econômico do RS
Por Eduardo Torres
* De Santa Maria
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Em Santa Maria, uma pessoa a cada 1,5 mil habitantes tem PHD ou doutorado. É a terceira maior concentração de doutores no Brasil. Transformar tamanho capital em transformações reais e soluções inovadoras para a economia local é o desafio diário do reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Luciano Schuch. Ele foi um dos painelistas no evento do Mapa Econômico do RS, realizado pelo Jornal do Comercio na quinta-feira (17) na cidade da Região Central do Estado. Foi a quarta edição do painel neste ano, desta vez realizada no Lab Criativo da Vila Belga.
"Este índice de doutores de Santa Maria equipara-se a Santa Catarina e São José dos Campos. Dois lugares onde tamanho conhecimento provocou uma transformação na geração de empresas e negócios. E o conhecimento precisa transformar a sociedade. O artigo científico tem que ser só o começo para transformar a ciência em PIB. Estes lugares experimentaram essa transformação, por que não fazemos aqui? Por isso temos insistido na extensão e inovação, para dialogarmos com os empreendedores e para que se empreenda e se invista aqui na região a partir do que é desenvolvido na universidade. Se não, ficaremos numa bolha, sem conexões", relata o reitor.
No Parque Tecnológico da UFSM, por exemplo, há 35 startups incubadas e 12 empresas consolidadas. Uma das maiores concentrações de desenvolvimento de inovação para o agro brasileiro. No entanto, raros prosperam nos negócios na própria região. Partem para outros estados. "É preciso mudar a mentalidade e acreditar nos pequenos que são daqui. Hoje, somos líderes em bioinsumos, por exemplo", comentou o reitor.
Na própria UFSM há um exemplo do papel fundamental da academia como transformadora nesta região do Estado. Foi por iniciativa da universidade que a região da Quarta Colônia foi reconhecida pela ONU como um Geoparque. Uma grande oportunidade para o turismo de toda a região, que passou por todo um trabalho de quebra dos paradigmas da academia apartada da vida social da região.
"Não surgiu por acaso. Durante cinco anos, a universidade colocou R$ 400 mil por ano para tornarmos isso realidade. Mas para acontecer, não adianta só mostrar o valor paleontológico da região, é preciso alinhar com todos os agentes locais, os vereadores, prefeitos e moradores. Convencê-los de que o desenvolvimento é para todos. E todas as instâncias precisam avançar juntas, com capacitação das pessoas, estruturação de roteiros turísticos. Hoje, se alguém quer visitar a Quarta Colônia, precisa ir e se virar por conta", disse Schuch.
E aí entra em ação o outro grande projeto em construção pela universidade, para estruturar um Hub Logístico pleno na região, que una e provoque o desenvolvimento de todos os modais. "Os acessos rodoviários são precários, a hidrovia não é operada, não temos um aeroporto civil e a África, por exemplo, faz dez vezes mais ferrovias que o Brasil. Isso significa que, se não avançarmos, e a nossa região precisa ser protagonista na logística, vamos perder até mesmo a competitividade na soja. A logística precisa ser um investimento de longo prazo", aponta.
Para que se tenha uma ideia, com três polos tecnológicos, Santa Maria tem 40 mil habitantes diretamente vinculados às universidades locais.
"Este índice de doutores de Santa Maria equipara-se a Santa Catarina e São José dos Campos. Dois lugares onde tamanho conhecimento provocou uma transformação na geração de empresas e negócios. E o conhecimento precisa transformar a sociedade. O artigo científico tem que ser só o começo para transformar a ciência em PIB. Estes lugares experimentaram essa transformação, por que não fazemos aqui? Por isso temos insistido na extensão e inovação, para dialogarmos com os empreendedores e para que se empreenda e se invista aqui na região a partir do que é desenvolvido na universidade. Se não, ficaremos numa bolha, sem conexões", relata o reitor.
No Parque Tecnológico da UFSM, por exemplo, há 35 startups incubadas e 12 empresas consolidadas. Uma das maiores concentrações de desenvolvimento de inovação para o agro brasileiro. No entanto, raros prosperam nos negócios na própria região. Partem para outros estados. "É preciso mudar a mentalidade e acreditar nos pequenos que são daqui. Hoje, somos líderes em bioinsumos, por exemplo", comentou o reitor.
Na própria UFSM há um exemplo do papel fundamental da academia como transformadora nesta região do Estado. Foi por iniciativa da universidade que a região da Quarta Colônia foi reconhecida pela ONU como um Geoparque. Uma grande oportunidade para o turismo de toda a região, que passou por todo um trabalho de quebra dos paradigmas da academia apartada da vida social da região.
"Não surgiu por acaso. Durante cinco anos, a universidade colocou R$ 400 mil por ano para tornarmos isso realidade. Mas para acontecer, não adianta só mostrar o valor paleontológico da região, é preciso alinhar com todos os agentes locais, os vereadores, prefeitos e moradores. Convencê-los de que o desenvolvimento é para todos. E todas as instâncias precisam avançar juntas, com capacitação das pessoas, estruturação de roteiros turísticos. Hoje, se alguém quer visitar a Quarta Colônia, precisa ir e se virar por conta", disse Schuch.
E aí entra em ação o outro grande projeto em construção pela universidade, para estruturar um Hub Logístico pleno na região, que una e provoque o desenvolvimento de todos os modais. "Os acessos rodoviários são precários, a hidrovia não é operada, não temos um aeroporto civil e a África, por exemplo, faz dez vezes mais ferrovias que o Brasil. Isso significa que, se não avançarmos, e a nossa região precisa ser protagonista na logística, vamos perder até mesmo a competitividade na soja. A logística precisa ser um investimento de longo prazo", aponta.
Para que se tenha uma ideia, com três polos tecnológicos, Santa Maria tem 40 mil habitantes diretamente vinculados às universidades locais.