Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Dos atuais 6,3 mil hectares cultivados no Rio Grande do Sul, com produção de mais de 4 mil toneladas, 80% estão entre as regiões da Campanha, Fronteira Oeste e Sul do Estado

Dos atuais 6,3 mil hectares cultivados no Rio Grande do Sul, com produção de mais de 4 mil toneladas, 80% estão entre as regiões da Campanha, Fronteira Oeste e Sul do Estado


/TÂNIA MEINERZ/JC
Em Caçapava do Sul, Renato Fernandes recebe turistas na Vila Segredo, onde mantém 11 hectares de olivais produzindo 8 toneladas por ano de azeitonas, que serão transformadas em azeite extravirgem gaúcho. Nos dois primeiros meses do ano, só na propriedade, que foi preparada para receber o público do olivoturismo, foram garantidos 80% de ocupação permanente. Acesse a edição completa do Mapa Econômico do RS aqui
"A experiência do azeite como nós oferecemos aqui traz consigo a estampa do gaúcho, da Campanha que até então era inexplorada turisticamente", explica o empresário que hoje preside o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva).
Desde 2020, a entidade estima que o olivoturismo atraiu 500 mil pessoas por ano às propriedades que ganham o seu maior espaço justamente na Metade Sul do Estado.
Foi a partir de Caçapava que a olivicultura começou a ganhar forma nos últimos 20 anos. Dos atuais
6,3 mil hectares produtivos no Estado - 340 produtores -, com produção de mais de 4 mil toneladas, 80% estão entre a Campanha, Fronteira Oeste e Sul. Está em Pinheiro Machado a maior área plantada.
Saem do Rio Grande do Sul 80% do azeite produzido no Brasil, totalizando 580 mil litros de azeite produzidos aqui em 2023. Hoje, são 17 indústrias produzindo o azeite gaúcho - em 2005, eram apenas quatro -, com 70 marcas próprias.
"Nesta região, tem um período de frio e tem o calor no verão. É semelhante ao paralelo 30 Norte, no Mediterrâneo. Então, era nata a vocação da região para produção dos olivais, inclusive como uma alternativa aos produtores. Por exemplo, há três anos a região sofre com as secas, mas a nossa cultura não sentiu os efeitos, ao contrário, outra vez temos perspectiva de supersafra", aponta Fernandes.
O potencial desta cultura ainda parece estar longe do limite. O mapeamento do setor aponta 1 milhão de hectares aptos a receberem olivais - 166 vezes mais do que o produzido atualmente.
"Pode ser uma forma de valorização da fazenda, por exemplo, onde o gado não chega. É uma cultura que exige planejamento, porque começa a produzir no décimo ano da planta, mas garante produtividade por pelo menos 10 gerações de produtores", explica o empresário.
Atualmente, no período da colheita, a olivicultura emprega até 65 mil pessoas no Rio Grande do Sul.