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O Mapa Econômico do RS apontou 15 oportunidades para as regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste

O Mapa Econômico do RS apontou 15 oportunidades para as regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste


TÂNIA MEINERZ/JC
A radiografia regionalizada da economia do Rio Grande do Sul é instrumento permanente para pesquisadores, economistas, governos e potenciais investidores.
Ao completar 90 anos de circulação, o Jornal do Comércio construirá este mapeamento em cinco especiais com grandes reportagens. O primeiro, nesta edição, aborda as regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste.
As características geográficas, culturais e históricas do Rio Grande do Sul não são uniformes. Por isso, pensar a economia do Estado exige identificar os vários territórios entre os 497 municípios gaúchos, com seus 21,7 mil quilômetros quadrados.
Além disso, radiografar a economia do Rio Grande do Sul de maneira regionalizada, para que se possa compreender cada característica e potencial local, é uma tarefa permanente.
"O Estado tem, entre as suas atividades econômicas, muitas especialidades bastante distintas entre si. Tratar a análise econômica e todo o planejamento de forma regional é a maneira mais adequada de levarmos em consideração, por exemplo, as vocações regionais, que respeitam fatores históricos, climáticos e ambientais, como fluxos populacionais específicos, que condicionam a forma como se deu o desenvolvimento de uma determinada região, e qual a tendência futura", explica o economista e pesquisador do Departamento de Economia e Estatística (DEE), Rodrigo Feix.
Compreender estas nuances é essencial na elaboração de políticas de desenvolvimento pelo governo, mas também elemento fundamental para a iniciativa privada em busca de maior eficiência em potenciais investimentos no Rio Grande do Sul.
Em cada região analisada, o mapeamento trará características locais e potencialidades de indústria, agricultura, serviços, varejo e investimentos em infraestrutura. Serão apresentadas as principais iniciativas em cada um destes setores.
Para a divisão de regiões, foi adotado o critério estabelecido pela Secretaria do Planejamento do Estado, que divide o Rio Grande do Sul em nove regiões funcionais. Elas foram agrupadas em cinco regiões, de acordo com afinidades e proximidade geográfica.
Para o economista Rodrigo Feix, esta forma de organização considera a regionalização "de baixo para cima", e permite uma melhor percepção das diferenças locais, muitas vezes não perceptíveis a um olhar distante, na economia gaúcha.
"Muitas vezes um movimento leva algum tempo a mais para ser percebido por um mapeamento, por isso, quando se trata da análise regional, cruzamos diversos aspectos, com tempo de resposta às ações governamentais ou privadas mais curtos ou longos em nossas análises", explica.
Cada capítulo deste trabalho será acompanhado de painéis regionais, em que lideranças dos diversos setores são ouvidas para apontar rumos e desafios. O primeiro encontro, relacionado a esta edição, ocorreu em 23 de junho no Pelotas Parque Tecnológico.