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Indústria metalmecânica da Serra Gaúcha ganha mercados com produção sustentável
Polo metalmecânico reúne 4,5 mil empresas em Caxias do Sul e região
Se os eventos climáticos de maio soaram o alarme de todos os setores do Rio Grande do Sul sobre o potencial devastador das mudanças climáticas, no setor metalmecânico, que tem entre a Serra e o Vale do Caí o seu maior polo no Estado – de acordo com o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região (Simecs), são 4,5 mil empresas, com a geração de 69 mil empregos entre 17 municípios –, a resposta a este alarme já é desenvolvida e coloca a região na vanguarda de tecnologias inovadoras no setor.
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Tramontina aposta em inovação e produtos de baixo impacto ambiental
A Tramontina tem fábricas em Carlos Barbosa, Farroupilha e Garibaldi, com as produções de ferramentas e utensílios domésticos. Entre os três municípios, foram exportados pelo menos US$ 168,4 milhões nos primeiros seis meses deste ano. Resultado, como confirma a empresa por nota de sua assessoria, da recuperação de importantes contratos de exportação que haviam sido prejudicados nos dois últimos anos, gerando um aumento de 10% nas vendas externas no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2023.
A empresa tem origem em Carlos Barbosa, mas também pode ser considerada uma multinacional. Tem atualmente 16 filiais no exterior e, a partir de 2025, tem a perspectiva de iniciar produção na Índia.
A afirmação no mercado, garante o presidente do Conselho de Administração da Tramontina, Eduardo Scomazzon, está diretamente associada às ações de sustentabilidade e inovação dos seus produtos. Entre os mais recentes lançamentos está, por exemplo, a linha LYF, que é uma coleção de panelas, facas e talheres que, nos seus cabos têm o uso de plástico reciclado e, no restante, aço produzido somente com energia renovável rastreada, e o alumínio excedente de cada produto é reutilizado no próprio processo produtivo.
Conforme a empresa, 93% dos resíduos gerados durante os seus processos produtivos são encaminhados para recuperação energética, reciclagem ou reutilização. E desde 2020, em parceria com a ONG EuReciclo, a Tramontina passou a garantir compensação ambiental de 22% do volume de embalagens colocadas no mercado.
O polo metalmecânico da Serra
• Caxias do Sul (Randoncorp, Marcopolo, Agrale, Madal, Intral, Guerra, Soprano)
• Carlos Barbosa (Tramontina, Irwin, Usiflex, Usimaq)
• Farroupilha (Tramontina, Marcopolo, Soprano, Thermotec, Usifer, Masal)
• Garibaldi (Tramontina, Madem Máquinas)
• Nova Prata (Vipal)
• Flores da Cunha (TKA Guindastes)
• Montenegro (John Deere, CBC)
• Veranópolis (Boito)
Fonte: Simecs
• Carlos Barbosa (Tramontina, Irwin, Usiflex, Usimaq)
• Farroupilha (Tramontina, Marcopolo, Soprano, Thermotec, Usifer, Masal)
• Garibaldi (Tramontina, Madem Máquinas)
• Nova Prata (Vipal)
• Flores da Cunha (TKA Guindastes)
• Montenegro (John Deere, CBC)
• Veranópolis (Boito)
Fonte: Simecs
Maiores exportadores da região
A concentração de diversos setores industriais significativos na economia gaúcha reflete-se nos números da exportação. A região concentra 12 dos 50 principais municípios exportadores do Rio Grande do Sul. Somados, eles comercializaram US$ 923,5 milhões nos primeiros seis meses do ano. O setor metalmecânico puxa as exportações.
• Caxias do Sul (9º do RS jan-jun 2024): 39% carrocerias, partes de veículos, reboques; 20% motores e máquinas; 12,5% guarnições de fricção
• Montenegro (12º do RS jan-jun 2024): 40% tratores, carrocerias, partes de veículos; 14,6% couros; 14% armas de fogo; 10,3% tanantes vegetais
• Carlos Barbosa (13º do RS jan-jun 2024): 89% ferramentas, utensílios domésticos em metal
• Bento Gonçalves (26º do RS jan-jun 2024): 57% móveis e partes de móveis; 18,6% sumos de frutas, vinho, massas e pães
• Nova Prata (28º do RS jan-jun 2024): 77,8% pneus e borrachas
• Garibaldi (30º do RS jan-jun 2024): 51% rações; 20% ferramentas; 13,5% carnes e miudezes de suínos e aves
• Farroupilha (34º do RS jan-jun 2024): 46% artefatos domésticos; 16,5% caixas, sacos, bolsas; 8,5% carnes, miudezas e ovos
• Igrejinha (36º do RS jan-jun 2024): 63.3% calçados e solados; 28,3% roupas
• Muitos Capões (39º do RS jan-jun 2024): 100% derivados de soja
• São Sebastião do Caí (42º do RS jan-jun 2024): 92,9% carnes e miudezas
• Flores da Cunha (46º do RS jan-jun 2024): 28,2% partes de móveis; 20,7% vinhos e álcool; 20% guindastes e máquinas; 18,2% acessórios automotivos
• Veranópolis (50º do RS jan-jun 2024): 76% derivados de soja; 12% armas de fogo
• Caxias do Sul (9º do RS jan-jun 2024): 39% carrocerias, partes de veículos, reboques; 20% motores e máquinas; 12,5% guarnições de fricção
• Montenegro (12º do RS jan-jun 2024): 40% tratores, carrocerias, partes de veículos; 14,6% couros; 14% armas de fogo; 10,3% tanantes vegetais
• Carlos Barbosa (13º do RS jan-jun 2024): 89% ferramentas, utensílios domésticos em metal
• Bento Gonçalves (26º do RS jan-jun 2024): 57% móveis e partes de móveis; 18,6% sumos de frutas, vinho, massas e pães
• Nova Prata (28º do RS jan-jun 2024): 77,8% pneus e borrachas
• Garibaldi (30º do RS jan-jun 2024): 51% rações; 20% ferramentas; 13,5% carnes e miudezes de suínos e aves
• Farroupilha (34º do RS jan-jun 2024): 46% artefatos domésticos; 16,5% caixas, sacos, bolsas; 8,5% carnes, miudezas e ovos
• Igrejinha (36º do RS jan-jun 2024): 63.3% calçados e solados; 28,3% roupas
• Muitos Capões (39º do RS jan-jun 2024): 100% derivados de soja
• São Sebastião do Caí (42º do RS jan-jun 2024): 92,9% carnes e miudezas
• Flores da Cunha (46º do RS jan-jun 2024): 28,2% partes de móveis; 20,7% vinhos e álcool; 20% guindastes e máquinas; 18,2% acessórios automotivos
• Veranópolis (50º do RS jan-jun 2024): 76% derivados de soja; 12% armas de fogo
Fonte: Ministério do Comércio Exterior