A questão da estiagem do Rio Gravataí foi tema de reunião entre os prefeitos da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) e o governador em exercício, Gabriel Souza no fim da semana passada, no Palácio Piratini. Entre os pontos solicitados está a construção de 13 microbarragens no Rio Gravataí que devem auxiliar o abastecimento em épocas de seca como a que se passa nesse momento.
Os baixos níveis de água das bacias hidrográficas, pela falta de chuva e altas temperaturas, podem ocasionar racionalização ou até falta de água em diversas cidades da Região Metropolitana. O presidente da Granpal e prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, defendeu um plano de curto, médio e longo prazo a ser seguido para evitar problemas de abastecimento nas comunidades.
"Aqui é uma demonstração de como a humanidade está tratando mal o meio ambiente e isso pode ocasionar em falta de água em diversos municípios. Precisamos dar continuidade a essa agenda de discussões, principalmente a curtíssimo prazo, porque ninguém pode ficar sem água", afirmou. Melo também propôs que uma reunião seja marcada pela Granpal, com a presença dos prefeitos, e representantes do governo.
O prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon, disse que os problemas com a estiagem e a construção de barragens é um tema antigo e o Rio Gravataí é um importante manancial para o abastecimento de mais 500 mil pessoas. "A construção de 13 micro barragens vai dar perenidade ao Rio Gravataí e os investimentos não são tão altos. Essas obras foram autorizadas pela Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), mas não tivemos nenhum andamento nesse sentido. E nosso apelo é que precisamos começar a tratar de uma vez desse tema para que essas cidades não fiquem sem abastecimento futuramente", ressaltou. Zaffalon também alertou que se perdurar por mais 15 dias a seca pode ser necessário o racionamento de água ou até o desabastecimento por total de várias cidades.
O governo, com a presença também do secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Luiz Carlos Busato, e do presidente da Corsan, Roberto Barbuti, disse que as liberações ainda não estão com a Metroplan e estão sendo analisadas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), mas há interesse em agilizar os processos. De acordo com a Corsan, para aliviar os problemas a curto prazo, a companhia está mudando pontos de captação de água e instalando balsas para a captação de água, mas admite que pode chegar a um limite que se precise partir para o racionamento.