A chegada de uma massa de ar frio ao Rio Grande do Sul, considerada uma das mais geladas do século XXI, gerou mobilização de prefeituras e entidades assistenciais por todo o Estado. O objetivo é auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade social a ter um local para passar a noite, quando há a expectativa de temperaturas negativas - sobretudo nos pontos mais altos do RS - além de fornecer alimentos, roupas e cobertores. 

A corrente de solidariedade começou a partir do anúncio, no fim de semana, da chegada do ar polar ao Sul do Brasil. Em Porto Alegre, o ginásio do Gigantinho vai abrigar as pessoas. As prefeituras do Interior também criar ações, como em São Leopoldo, que aumentou o número de vagas no Centro Pop, para 60 pessoas.

Ainda na Região Metropolitana, em Sapucaia do Sul, além dos serviços que já estão sendo realizados, como acolhimento pela República Esperançar - Família Atos 29, distribuição de agasalhos e atendimento emergencial, será realizada a abertura do ginásio João Freitas Filho, localizado na avenida Justino Camboim, bairro Camboim. O ginásio abrirá as portas para receber o público a partir das 18h e as pessoas terão acesso a banho, alimentação, agasalhos e ainda poderão estar acompanhados de seus animais de estimação.

Canoas vai ampliar a ação no Centro Olímpico, iniciada no mês passado. O local seguirá aberto até o dia 15 de agosto. A iniciativa tem como objetivo acolher essa população devido ao frio, que deve atingir recordes de temperaturas baixas nesta semana.

Na serra gaúcha, a prefeitura de Caxias do Sul mobilizou um grupo de entidades para formar uma força-tarefa que minimize os efeitos sobre a população mais vulnerável por conta da nova onda de frio que chegou à Serra. Uma das medidas mais importantes foi elevar em quase 40% a capacidade de acolhimento das pessoas que não têm abrigo fixo. O número subiu de 175 para 240, distribuídas dentre as casas mantidas pela Fundação de Assistência Social. 

O Centro de Referência em Assistência Social (Cras) de Nova Petrópolis intensificou a distribuição de roupas e agasalhos. Durante a manhã de terça-feira, as equipes estiveram em 10 casas, onde foram distribuídas 150 peças de roupas, além de cobertores. O setor de Assistência Social de Nova Petrópolis segue com disponibilidade de roupas, calçados e cobertores. Interessados devem se dirigir ao Cras (avenida 3 de Maio, 134) para buscar os itens.

Lajeado, no Vale do Taquari, e Parobé, no Paranhana, também anunciaram medidas. Em Parobé, os moradores em situação de rua a partir desta terça-feira, no alojamento localizado no centro da cidade e que foi utilizado no auge da pandemia para acolher esse público. Equipes estarão fazendo rondas na cidade para transportar as pessoas até o local. Em Lajeado, uma equipe da Assistência Social percorre as ruas a fim orientar e convidar a população em situação de rua a se abrigarem temporariamente no Abrigo São Chico.

Já em Santa Cruz do Sul, equipes iniciam a distribuição dos cobertores e casacos doados pela comunidade santa-cruzense. As peças serão entregues para cerca de 400 famílias em situação de vulnerabilidade e que vivem em regiões já mapeadas. As demais roupas de inverno arrecadadas também estarão disponíveis para retirada nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras).

Na região sul do Estado, a prefeitura de Pelotas vai abrigar as pessoas em salas de aula do Colégio Municipal Pelotense. O acolhimento será até o domingo (1), das 19h às 7h, para até 30 cidadãos. No local, será utilizado o refeitório para distribuição de refeições e duas salas terão colchões e cobertores. Na cidade de Rio Grande, até a próxima segunda-feira (2), o Centro de Acolhimento Renascer no Espírito (CARE) terá funcionamento 24 horas por dia. Nesse período, a unidade, que já oferece amparo noturno aos necessitados, está disponibilizando o espaço para que as pessoas permaneçam o tempo que quiserem. Atualmente, cerca de 80 pessoas em situação de rua já utilizam os serviços de acolhimento.