Porto Alegre, qua, 16/04/25

Publicada em 09 de Abril de 2025 às 18:24

Como será feito o transporte de uma locomotiva entre Canoas e Caxias do Sul

Prefeitura deve gastar cerca de R$ 500 mil para levar o veículo de Canoas até a cidade da Serra Gaúcha

Prefeitura deve gastar cerca de R$ 500 mil para levar o veículo de Canoas até a cidade da Serra Gaúcha

Juliane Ribas/Divulgação/Cidades
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Larissa Britto
Larissa Britto Repórter
A cidade de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, receberá um elemento histórico, uma locomotiva centenária, datada em 1921, que fará parte do cenário do Largo da Estação Férrea, o complexo de uma antiga estação da cidade, no bairro São Pelegrino. Desde 2005, ela está situada nas dependências da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e agora, por decisão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), será transportada à Serra.
A cidade de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, receberá um elemento histórico, uma locomotiva centenária, datada em 1921, que fará parte do cenário do Largo da Estação Férrea, o complexo de uma antiga estação da cidade, no bairro São Pelegrino. Desde 2005, ela está situada nas dependências da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e agora, por decisão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), será transportada à Serra.
Na terça-feira (8), o secretário-adjunto de Planejamento e Parcerias Estratégicas, Antônio Feldmann, reuniu-se com integrantes de outras pastas municipais para definir a logística de transporte do trem. Para transportá-lo, o município conta com a parceria do setor privado para o guincho e deslocamento, e a previsão é que o trem chegue na cidade entre o fim de abril e o inícios de maio. A locomotiva, que possui 18 metros de comprimento e pesa cerca de 80 toneladas, será transportada pela BR-116 com acompanhamento do Dnit. Para realizar o transporte, devem ser gastos R$ 500 mil.
Quando chegar à cidade, será exposta no Largo da Estação Férrea, que passa por melhorias, no valor de R$ 7 milhões, e a expectativa é que o local seja mais um ponto atrativo para a comunidade caxiense. Segundo Feldmann, a estação foi tombada como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae). A estimativa é que, após passar por restauração realizada por técnicos e engenheiros ferroviários, o trem possa se locomover por um curto trecho dentro da estação. "Isso fica para o segundo momento, para ver com os próprios técnicos e engenheiros se tem possibilidade. Mas temos outras ideias, por exemplo, de que com a locomotiva possa acoplar um ou dois vagões para ser uma biblioteca infantil, outro um mini museu ferroviário sobre a história da estação férrea", explica.
O secretário conta que o patrimônio, pertencente ao departamento, foi concedido ao município devido a história de Caxias do Sul. "Pelos registros, a locomotiva foi utilizada para fazer esse trecho entre Caxias e Porto Alegre. A história de Caxias do Sul se divide em antes e depois da chegada do trem, porque em 1910 a cidade fazia todo o transporte de seus produtos para Porto Alegre com mulas", diz. Ele complementa explicando que o desenvolvimento da cidade deu-se após a chegada da locomotiva a vapor, e a linha férrea conectava a Capital às cidades de Montenegro, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Farroupilha e, por fim, Caxias do Sul.
A escolha do município em detrimento dos outros foi devido ao interesse demonstrado pela secretaria em obter o veículo. O secretário conta que uma locomotiva a vapor como essa, que foi fabricada pela American Locomotive Company (Alco) no século XX, se restaurada, equivale atualmente a R$ 250 milhões na Europa, continente que possui sistema de transporte ferroviário. "Nós estamos recebendo essa locomotiva com esse valor. Mas além do valor em espécie, tem o valor simbólico e histórico para nós que não dá para dimensionar", diz.
 

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