Porto Alegre, qua, 26/03/25

Publicada em 10 de Fevereiro de 2025 às 18:06

Bento Gonçalves corta 400 cadastrados do Bolsa Família

Desde novembro do ano passado, a prefeitura fiscaliza os beneficiários do Bolsa Família na região

Desde novembro do ano passado, a prefeitura fiscaliza os beneficiários do Bolsa Família na região

Prefeitura Bento Gonçalves/Divulgação/Cidades
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Larissa Britto
Larissa Britto
Em novembro de 2024, a Prefeitura de Bento Gonçalves iniciou uma força-tarefa que buscava bloquear o benefício do Bolsa Família de pessoas sem filhos. No total, foram identificadas cerca de 400 pessoas cadastradas, mesmo sem necessidade. O objetivo desta ação, segundo o prefeito Diogo Segabinazzi, é empregar aqueles cidadãos sem filhos na cidade e que não necessitam do benefício. "Isso acaba se tornando uma indignação para quem trabalha, para quem acorda cedo, que ele fica um homem com saúde podendo trabalhar e que está encostado numa bengala de um assistencialismo", diz.
Em novembro de 2024, a Prefeitura de Bento Gonçalves iniciou uma força-tarefa que buscava bloquear o benefício do Bolsa Família de pessoas sem filhos. No total, foram identificadas cerca de 400 pessoas cadastradas, mesmo sem necessidade. O objetivo desta ação, segundo o prefeito Diogo Segabinazzi, é empregar aqueles cidadãos sem filhos na cidade e que não necessitam do benefício. "Isso acaba se tornando uma indignação para quem trabalha, para quem acorda cedo, que ele fica um homem com saúde podendo trabalhar e que está encostado numa bengala de um assistencialismo", diz.
Pela escassez de mão de obra no município, a prefeitura realiza, há quatro anos, feiras de empregos na cidade para ofertar vagas aos cidadãos. "Algumas pessoas relatavam que queriam trabalhar, a gente fazia mutirões na frente da prefeitura ou em bairros e quem apareciam eram pessoas que já estavam empregadas", afirma o prefeito.
Depois da pandemia, o prefeito conta que desconfiou do aumento de cadastrados no programa. Ele acredita que esse recurso seria uma vantagem àqueles que poderiam estar trabalhando formalmente, mas somente com uma autodeclaração, alegavam que não poderiam exercer funções por conta da emergência sanitária.
Para coibir esta ação, a prefeitura implementou fiscalizações à população, passando nas residências dos beneficiários do programa. "Aqueles que não são encontrados, quem não está naquela residência que informou, é cortado sumariamente. Quem omitiu, mentiu sobre informações na autodeclaração, é cortado também", explica. Como consequência, foi elaborada a Lei 7.126/2025, que visa multar em R$ 7,2 mil e bloquear o benefício para quem for pego utilizando dados falsos e cometendo fraudes.
Junto às fiscalizações residenciais, a prefeitura oferta empregos em setores como o metalmecânico, alimentício, turístico, comercial, da uva e do vinho e da indústria moveleira. Segabinazzi explica que, se necessário, a prefeitura auxilia os cidadãos nas etapas iniciais, como preencher currículos, transporte para a entrevista e para o exame admissional. Com essa implementação, cerca de 60 pessoas estão empregadas. A prefeitura assegura que aqueles que realmente dependem do programa, não serão prejudicados.
Segabinazzi foi reeleito no município, e afirma que neste novo mandato, pautas como o trabalho e a assistência social serão prioridade. "A gente está vivendo uma crise de inflação, uma bagunça na economia nacional. Se não agirmos rápido para retomar a economia, sem pessoas trabalhando, nenhuma economia vai crescer. Se não mudarmos esse excesso de assistencialismo, vamos quebrar esse país", finaliza.
 

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