A Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento do Rio Grande do Sul (Agesan) confirmou, no fim de dezembro, que a cidade de Novo Hamburgo terá um reajuste de 25% nas contas de água a partir de 2025. O índice é válido por cinco anos, e o valor será destinado para o pagamento de dívidas que chegam a R$ 160 milhões.
Em nota, a Comusa, que gere o serviço de água e esgoto na cidade, afirmou que ampliar o índice de reajuste da tarifa vai contra o entendimento da atual direção da autarquia e de seu Conselho Deliberativo, que defendia um índice de 8,5%. Para o diretor-geral da autarquia e vice-prefeito, Márcio Lüders, a agência entende por considerar o pagamento de precatórios junto à Corsan pela autarquia o que exige um reajuste maior na tarifa. "A decisão do pagamento de precatórios é política e não técnica, cabendo ao próximo governo. Não podemos incluir esse acréscimo na tarifa da comunidade. O critério de reajuste de tarifa tem que ser objetivo, não podendo ser fundado em subjetividades, afirmou.
De acordo com o diretor da autarquia municipal, a análise realizada pela própria Agesan concluiu que 8,55% é suficiente para abarcar todos os investimentos pelos próximos cinco anos e obrigar a autarquia a aplicar um percentual maior desrespeito ao usuário. Ele também explicou sobre a revisão. "A nova tarifa entra em vigor a partir de fevereiro de 2025 e a decisão pela manutenção do índice é da nova gestão. Na minha visão, esse reajuste é excessivo. Nosso pedido aos novos gestores da autarquia e ao prefeito eleito é que não o apliquem entendimento diverso irá sobrecarregar a população e irá aumentar a inadimplência", complementou.